terça-feira, 24 de julho de 2012

Alvão: a descoberta de um Parque Natural

Simples, pequeno, homogéneo e muito convidativo.

O Alvão faz-nos esquecer por por várias vezes que estamos em Portugal...
Não há lixo nem entulhos, o ICNB tem as placas de orientação bem tratadas, as Fisgas de Ermelo são impressionantes pela dimensão.

Não tem ardido nos últimos anos, pelo que o Parque tem várias Paisagens exuberantes, mesmo que em vários locais os matagais assinalem incêndios não muito longínquos.

O carvalhal abunda, assim como o pinhal, quer na versão de matas, quer em estádios de evolução fitossociológica anteriores.
Há abertos, pinheiro da casquinha e linhas de água com galerias ripícolas completas. Nos topos tojais e ericas lembram a neve. 
Em alguns pontos bétulas, quase sempre em turfeiras.
A água brota da terra em quase todo o lado. 
Uma riqueza imensa.

Numa altura em que tanta gente precisava de uma actividade económica para viver, eis um Parque sem turismo, sem restaurantes e sem locais para dormir.
As aldeias semi-desertas precisavam de recuperação.

Foram muitas as ideias que tive para aquele fantástico Parque.
E foram só 2 dias de visita. 
Para mais tarde regressar.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Vilamoura Public Bikes - Sistema de bicicletas partilhadas


É o primeiro grande sistema de bicicletas de uso partilhado em Portugal, de 3ª geração.

Podemos estar a assistir a um caso de sucesso, com repercussões em várias cidades.
Em matéria de bicicleta, Vilamoura sempre se tentou posicionar na linha da frente, fomentando um turismo que, sendo de massas, nunca deixou de se colocar a bicicleta no centro das prioridades, mesmo quando ninguém falava disso.

Uma das apostas centrais foi a criação de uma rede de ciclovias.
Na altura, em vez de se perder em discussões permanentes "contra" o tráfego, a rede de ciclovias gerou utilizadores e gerou massa crítica. Passados cerca de 15 anos, as intervenções urbanas estão já a retirar espaço viário em favor do peão e da bicicleta.
A existência de uma rede de percursos dedicado foi uma ferramenta fundamental de alavancagem do uso da bicicleta.


Com um Verão que torna a rede viária de Vilamoura incapaz de responder ao número de veículos, este investimento pode ser um sucesso. Para os gestores do empreendimento e para os utilizadores que passam a poder deslocar-se com mais facilidade, economia e melhor desempenho,

Informações sobre o sistema podem ser consultadas aqui:

Boa sorte!


quarta-feira, 11 de julho de 2012

Sobre a dimensão das causas dos incêndios florestais

IMAGEM AQUI

Não perco muito tempo com as tragédias estivais dos incêndios na TV.
Directos, gritos, dramas. É mais do mesmo.

Muito se discute sobre os efeitos e muito pouco sobre as causas. Pelo menos sobre as causas ecológicas e territoriais. Normalmente as causas que se discutem são o desleixo, queimadas, fogueiras ou fogo posto. Dos meios discute-se se os bombeiros chegaram a horas, se os ventos ajudaram, se o clima foi conforme e se havia meios aéreos.


E tudo o resto? Tudo o que realmente causa este flagelo? As verdadeiras causas.

No Inverno discutimos os dramas das cheias. No verão os incêndios. Até quando?

Adapto em seguida o texto de um post do CEAP/ISA com a divulgação do livro:

Recentemente foi lançado um livro com os resultados do projecto "A dimensão social dos incêndios florestais" (PTDC/GEO/65344/2006), financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia. O Projecto foi coordenado pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (Professora Doutora Fantina Tedim) e tem como entidade parceira o Centro de Estudos de Arquitectura Paisagista "Prof. Caldeira Cabral" (ISA/UTL), entre outras.

"A dimensão social dos incêndios florestais", teve a colaboração do Centro de Estudos de Arquitectura Paisagista Prof. Caldeira Cabral (ISA/UTL)

O livro "destaca a importância de integrar a dimensão social no planeamento e na gestão do risco de incêndio em Portugal". O Centro de Estudo de Arquitectura Paisagista "Prof. Caldeira Cabral" colaborou na redacção do livro com um capítulo intitulado "O Ordenamento do Território na Prevenção dos Incêndios Rurais", no qual se propõe um modelo de ordenamento, em que se valoriza o mosaico rural agro-silvo-pastoril e a substituição progressiva do pinheiro e do eucalipto por espécies autóctones, como os carvalhos, o castanheiro e outras folhosas.

Dados do Livro:
"A Dimensão Social dos Incêndios Florestais Para uma gestão integrada e sustentável"
Fantina Tedim (Coord.), Douglas Paton (Coord.)
Editor: Estratégias Criativas
ISBN: 978-989-8459-10-7
192 páginas

domingo, 8 de julho de 2012

NO Parque Infantil do Alvito, Monsanto, Lisboa




domingo, 1 de julho de 2012

"Proibido cães...e dejetos"!

Achei graça a esta placa, porque ela pode ser  totalmente redundante. Ou não.
São proibido cães...e os seus dejetos. 

Ora, o problema dos cães, a meu ver um dos grandes problemas ambientais e cívicos de Portugal, onde a generalidade dos "donos" dos cães (há excepções, claro) impõem as suas regras à restante Sociedade. O cão é rei e senhor dos nossos passeios e dos nossos jardins. Relvas, regadas, adubadas e cortadas para, supostamente, nos deitarmos ou corrermos por lá, são espaços (ainda mais) decorativos. 

Dejetos de cão vemos por todo o lado. Nos passeios, jardins, mobiliário. Todo o lado.
Mas também se vêm cães a correr pelas áreas sub-arbustivas, a urinarem em todo o lado, a esgravatarem intensamente as plantas até danificar sistemas de rega e arrancarem as plantas. 
Boa parte dos danos no espaço público hoje são causados por falta de higiene (lixo e dejectos de cão), degradação (falta de manutenção, grafitis e vandalismo, este último incluindo o gerado pelos cães).

Confunde-se muito criticar o excesso de liberdade dos animais de estimação com falta de amor para com os animais. Eu gosto muito de animais mas eles têm que gostar de mim e para isso têm que passar a respeitar o espaço público. O meu e de todos.
E isto passa por uma mudança de atitudes da Sociedade para com os donos dos cães, já que com conselhos e educação não se consegue. 
Vai custar mas julgo que não deve haver outro caminho.
 
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