Seguramente que a Conservação da Natureza devia manter um Instituto dedicado a esta função.
Apesar das fragilidades, como bem acentua a LPN, o ICN teve e tem um papel activo na defesa da Conservação da Natureza e da Biodiversidade.
O que este Governo ainda não viu, e no anterior talvez mesmo só o Secretário de Estado da tutela tenha tido consciência mas não passou aos actos, é o potencial de geração de emprego e oportunidades que a conservação da natureza e as áreas protegidas significam.
Não falo de "desenvolver" o potencial turístico da forma a que nos habituaram (excepcionar, permitir mais, urbanizar, ...) mas sim tirar partido da "marca" conservação da natureza e das diferentes "marcas" das diferentes áreas protegidas, permitindo valorizar o regresso ao "campo" mas agora numa óptica de geração de emprego ambiental, de turismo ambiental e de criação de mais-valias económicas assentes no produto local.
As apostas na geração de emprego na conservação da natureza, nas aldeias e nas áreas protegidas, é uma aposta "não-deslocalizável".
O Parque Natural não se deslocaliza. É uma aposta de futuro.
Ponham os olhos em Espanha e na Alemanha e vejam quantos empregos não cria uma conservação da natureza activa e séria.
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"Ambientalistas questionam ministra sobre nova política de conservação da Natureza
26.09.2011
PÚBLICO
A mais antiga organização ambientalista do país, a LPN, está preocupada com a reestruturação da esfera governativa e a nova política de conservação da Natureza. Hoje enviou uma carta à ministra Assunção Cristas.
A Liga para a Protecção da Natureza (LPN), fundada em 1948, diz-se preocupada com a extinção do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) e com a divisão de competências pela Direcção-Geral da Conservação da Natureza e Florestas, Agência Portuguesa para o Ambiente, a Água e a Acção Climática e as Direcções Regionais de Agricultura e Pescas. A associação "receia que a descentralização das competências na área da Conservação da Natureza levará à incapacidade da implementação de uma estratégia a nível nacional, assim como ao incumprimento de estratégias, directivas e convenções internacionais, para não referir a própria gestão e fiscalização das áreas protegidas", escreve em comunicado.
Agora, a LPN pergunta a Assunção Cristas quem fará a gestão e fiscalização das áreas protegidas e quem será responsável pela implementação da Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e Biodiversidade. A associação pergunta ainda que papel entende o actual Governo que o Estado deve desempenhar na Conservação da Natureza e Biodiversidade.
"A sociedade civil encontra-se agora numa encruzilhada em que necessita de repensar a utilização e o consumo dos recursos naturais, e portanto é com pesar que a LPN vê desaparecer do ministério do ambiente um instituto que apesar das suas fragilidades, tinha uma papel importante na coesão de uma política de Conservação da Natureza", conclui."
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