quarta-feira, 30 de março de 2011

Nós, o lixo

Imagem: "Bartoon" de 30/03/2011
 
Começo seriamente a admirar os países que consideraram "lixo" estas agências de notação financeira que escolhem alvos precisos para os predarem, chantagearem e explorarem.
Ontem a Grécia, depois a Irlanda, agora nós e amanhã a Espanha, que está já assustada. Eles sabem que são os próximos...
A Bélgica e o Reino Unido? Não, eles são "diferentes", apesar dos défices elevados!
 
Há tempos um economista avisava que estas agências tratam de forma diferente os Países do Norte dos do Sul da Europa, por razões de... "credibilidade"...
 
Desejo, mas infelizmente não espero, que Portugal um dia chame "lixo" a esta chantagem, se calhar apoiado em outros "alvos" semelhantes e que adopte uma postura "Islandesa", decidindo não pagar, por exemplo. Se tomar a decisão sózinho não conseguirá, mas se forem 3 ou 4 Países em conjunto, porque não?
Temos que começar a pensar em não fazer cimeiras em Berlim, mas sim em Atenas, Dublin ou Madrid.
 
Mas isto não desculpa claro termos que racionalizar o nosso estado, torná-lo funcional e eficiente. Não podemos, como certas sensibilidades insistem, em não querer mudar de vida, em querer manter tudo exactamente na mesma, como se nada se passasse. Para isso tivemos a URSS e o bloco de Leste.
Um dia, não havia mais dinheiro para pagar a ninguém. Caiu tudo. E foi a miséria.
 
Também sei que atitudes drásticas vão gerar turbulência nos períodos sub-sequentes.
Vai haver falhas, privações e angústias.
 
Mas, por este caminho, será diferente?

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