quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Chuva "bem chovida"


19.11.2014: Cai em Lisboa há várias horas uma chuva ininterrupta. A que o povo chama de chuva "bem chovida", mas que ao contrário da que caiu a 22 de Setembro ou 13 de Outubro em Lisboa, não é com intensidade capaz de provocar inundações relevantes em meio urbano, já que o sistema de drenagem vai funcionando para esta pluviosidade. 

Por outro lado, fora do ambiente urbano, este tipo de chuva vai provocar muito em breve a saturação completa dos solos, pelo que é provável que deslizamentos e derrocadas aconteçam! Os leitos vão transbordar. Serão as tradicionais cheias. 
Estas cheias também não têm solução (como se sabe), mas também aqui o grau de afectação pode ser minimizado dependente do grau de ocupação dos leitos de cheia e pela maior salvaguarda de áreas de infiltração preferencial e recarga de aquíferos, pela maior ou menor capacidade de retenção de águas pelos solos, )para os quais contribui a qualidade física do solo - melhor estrutura do solo) bem como o grau de revestimento vegetal arbustivo ou arbóreo.

Foto AQUI

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

"Cidade da Sonae" junto ao início do IC19

"Cidade da Sonae" junto ao início do IC19 em consulta pública até dia 12 de Dezembro"











Foto AQUI
Foi mesmo assim que chegámos onde estamos. Os anos 80 e 90 estão de volta, em força!
Mais do mesmo!
Localizar novos equipamentos longe dos transportes públicos, a depender do carro.
Para depois lamentarmo-nos que "no meu caso tenho que andar de carro". Para depois ser preciso alargar mais uma faixa, fazer mais uma estrada, para "descongestionar"...
Pois é, não aprendemos nada com a crise.
Depois de 2 megas urbanizações em Carcavelos a serem propostas no ano passado, agora mais esta "cidade" nova junto ao IC19.

http://www.tudosobresintra.com/2014/11/cidade-da-sonae-junto-ao-inicio-do-ic19.html

domingo, 2 de novembro de 2014

Comprar terrenos para conservação da Natureza



A Associação "Montis" está a promover um crowdfunding para a compra de terrenos orientando a sua acção para a conservação da natureza. 

As imagens do terreno são no mínimo extraordinárias. 
Refere-se no site que:

"Com este projeto pode garantir-se que os recursos disponibilizados serão diretamente aplicados na compra de terrenos, fugindo à lógica de rentabilização mais imediata.

Passa a haver a possibilidade de visitar estas áreas, geridas prioritariamente para a conservação, o que as torna diferentes da envolvente, facilitando o contacto direto com paisagens, plantas e animais que raramente se encontram noutro contexto."

Mais informações em: 

http://ppl.com.pt/pt/prj/sermos-donos-disto-tudo

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Barreiras de protecção das cheias | LISBOA |


Para os arautos do "nunca se viu uma coisa destas em Lisboa", juntam-se 4 exemplos de barreiras contra cheias na Baixa de Lisboa, mas que existem aos milhares por todas as áreas mais sensíveis. 
Há-as em madeira, mais velhinhas, mas também em metal, as mais antigas e até as mais modernas em inox, curiosamente também a mais baixa de todas as de metal. 

Estão aí, sempre estiveram, e fique-se a saber que...sempre estarão, para os eventos como o de ontem, porque as cheias não se resolvem, previnem-se e depois minimizam-se.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

FREIBURG: Planeamento ao serviço da prevenção de cheias


Há uns tempos, fui nas minhas férias propositadamente a Freiburg. Belíssima Cidade do Sudoeste da Alemanha, mesmo às portas da conhecida Floresta Negra. 
Um centro histórico totalmente sem carros, com transportes públicos, cheio de gente, de comércio e de serviços. E depois este Bairro novo, "Vauban", antiga base militar Francesa. Um compêndio de desenho ecológico a vários níveis. Ficam alguns apontamentos respeitantes à prevenção activa de cheias urbanas.

domingo, 14 de setembro de 2014

Sanábria: Para desfrutar de um parque natural, vá para fora lá fora


Pirinéus, Picos da Europa, Gredos, Donana. E Sanábria.
São alguns dos Parques Naturais e Nacionais em Espanha onde, ao contrário de Portugal, tornam-se em fonte de riqueza para quem lá vive, gerando com o turismo da natureza trabalho para milhares e milhares de pessoas.
Mas claro, isto não acontece por acaso: centros de interpretação abertos aos fins de semana, informação técnica e científica disponibilizada para os visitantes, sinalização "in loco", vigilância, fiscalização e controlo das actividades incompatíveis com a qualidade do parque, tudo está preparado para que seja simples e lógico deslocarmo-nos a estes locais.
Ficam algumas fotos de um Parque que, paredes meias com o nosso Montesinho, o deixa aparentemente a centenas de quilómetros de distância. 
Vale a pena uma visita!



















quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Porque eles estão à entrada das praças de touros


 
Experimente ir a um parque aquático. A troco de nada as atracções nestes espaços incluem "shows" de repteis, aves exóticas e claro os desgraçados leões marinhos, focas ou golfinhos. 
A que propósito tudo isto em parques aquáticos cuja razão de existir seria fundamentalmente escorregar em fato de banho até cair numa piscina? Porque é que uma ave é capturada e amestrada para servir de atracção num parque temático? Porque é que um animal aquático apanhado numa foto a encostar a face num visitante como se o tivesse a beijar é uma imagem "bonita" para o animal, que ninguém contesta, mesmo sabendo o esforço que está por trás do animal para que o comportamento seja esse? Porquê?
A verdade é que proliferam os "mini-zoos" um pouco por todo o lado. E se juntarmos a estes zoos as inúmeras explorações intensivas de "carne" verificamos que a crítica ou oposição a este tipo de acontecimentos é praticamente nula. E porquê? Porque os denominados grupos de defesa dos animais está totalmente focado nas corridas de touros! Curiosamente uma prática que utiliza animais em estado totalmente livre (o touro bravo ou de lide) cuja vida até à praça de touros é passada inteiramente num estado semi-selvagem em campo aberto.
Quando me falam em problemas dos animais penso sempre em tudo menos nas praças de touros. Mas é lá que se concentram todas as forças e todo o lobby, permitindo que cada vez mais, um pouco por todo o lado, os animais estejam realmente muito pouco defendidos. 

sábado, 9 de agosto de 2014

O perigo dos antibióticos no Ambiente (Video)

Tinha-me escapado uma reportagem, já com uns meses, que agora, felizmente, a SIC Notícias repetiu.
Excelente trabalho jornalístico!
A vêr e meditar seriamente!

quarta-feira, 30 de julho de 2014

A percepção é tramada















O artigo da LUSA que foi partilhado por todos os principais meios de comunicação social (Público, Expresso, DN, JN, Destak, RR, etc, etc) e que inundou de fúria as redes sociais provocando a maior onda de contestação aos ciclistas de que me lembro, parece que se trata mesmo de uma ma (péssima) interpretação do conteúdo ou das intenções originais. Acontece aos melhores e aos piores. 
Da próxima vez, os ciclistas terão ainda mais cuidado a transmitir as suas ideias, porque num país como o nosso tudo o que não seja a defesa do status quo tem que ser muito bem explicada, senão...
As duas Associações de Ciclistas visadas já fizeram publicar os seus esclarecimentos (FPCUB e MUBI).
Resta agora que a LUSA e todos os Media que fizeram a divulgação nos moldes originais da notícia possam retratar-se, a bem da desejável boa convivência entre veículos.
A percepção pública das reacções à notícia nos moldes em que saiu deixo-a acima caricaturada...

domingo, 6 de julho de 2014

E agora Professor?


Um dia iamos perder o Professor. Já o sabiamos. Foi hoje. E agora Professor? E agora? Quem é que nos orienta nos "seus" assuntos, que são os nossos do dia a dia?
Quem é que nos diz para não embarcarmos (era uma expressão sua) em tudo o que circule por aí, seja nos jornais, seja em movimentos de opinião, que é absolutamente fundamental ir buscar a informação às fontes e "fazer as contas".A quem é que podemos mandar um e-mail com uma dúvida, um problema, tantas vezes a exigir um aturado trabalho de verificação de dados, a quem o Professor nunca dizia que não. Dizia sempre "vou ver o que posso fazer". E lá vinham sempre as suas respostas claras, tudo claro e explicado em extensos mails, por vezes a altas horas da noite...É que o Professor nunca se chateava com as nossas dúvidas!
Não sou do tempo em que desmontou esse "grande" negócio do nuclear de Ferrel nos anos 70, mas vi-o há pouco tempo voltar à carga numa investida que aí houve mais recente. Mas lembro-me das suas viagens a Aveiro quando o Ministério Público o obrigou a perder milhares de horas em julgamentos a propósito da co-incineração... julgamento esse que, claro, o Professor ganhou! Tinha razão. Fez-nos um favor a todos nós.
E quando o CO2 apareceu como sendo a razão para todos os males e o Professor veio logo avisar-nos de que ir por aí não ia dar bom resultado, que alarmismos e catastrofismos exacerbados, ao mínimo falhanço, iam ser o descrédito total. E que fazendo as contas se via que o assunto estava a ser mal colocado. E que o problema seriam alterações climáticas, sobretudo pela alteração do uso do solo, má gestão da Paisagem. E cada dia que passava se via que estava com a razão do seu lado.
O Professor fechava o ciclo das coisas, tal como defendia que os materiais funcionavam neste mundo. Um assunto aparentemente estanque numa matéria específica acabava, nas suas mãos, interligado e lógico com outros saberes. E a sua capacidade de argumentar que nos deixava a todos a ouvi-lo se fosse preciso horas, sem pestanejar. Se a Ciência ficou indiscutivelmente mais pobre, ficámos todos muito mais pobres com a sua partida e com a falta que nos fará a sua capacidade de resposta e de proposta. E infelizmente, ficaremos certamente mais vulneráveis para o que aí vem!
Mas permita-me fechar também o ciclo das ideias. É que se o Professor era um grande cientista, era ainda
mais uma excelente pessoa e um grande amigo.
Foto AQUI
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domingo, 29 de junho de 2014

Um Parque inacessivel e sem gente

O "Parque dos Poetas" em Oeiras está praticamente às moscas. O que é muito grave, já que só a última fase custou 7,0 milhões de euros...
Há variadas questões que levantam as maiores perplexidades, já para não questionar o conceito geral do parque, a escolha de materiais altamente dispendiosos e um conjunto de soluções construtivas de elevado custo: 
- Como é possivel não ter sido sequer garantida, em várias das entradas, o acesso a cidadãos com mobilidade condicionada - cadeiras de rodas ou carrinhos e bebé?
- Como se explica um parque infantil vazio, sem equipamentos para além de meia dúzia de "molas" para 2 anos de idade, numa área de 7 milhões de euros?
- Como se justifica que haja uma fonte cibernética cuja localização adjacente ao limite sul significa que em funcionamento, normalmente projecta água para fora do parque, levada pelo vento, deixando a via e os passeios perigosamente escorregadios?  
- Há alguma razão para ter sido construido um enorme edifício em betão armado adjacente para norte à área em funcionamento, travando a continuidade do parque, edificio esse que, caso seja inaugurado, serve para estacionamento.
- Como é possivel o parque ter sempre os seus portões fechados, à excepção do portão norte e do portão sul? Ninguém percebeu que, para os peões, trata-se de um desvio considerável, em tempo? Como é possivel negligenciar o potencial de atravessamento de um parque na direcção nascente-poente, como fomentador de viagens a pé, a ligar por exemplo às várias escolas e à estação da CP de Paço d´Arcos?
Isto é um parque ou uma intervenção artística? Para que serve tão cara obra e depois estar praticamente inacessivel?

Segue-se uma descrição breve de algumas das questões a que fiz referência:

A próxima fase do Parque dos Poetas começará com um bunker em betão para estacionamento, previsivelmente nem sequer activo. Um Parque precisa de um parque de estacionamento coberto?
7,0 Milhões de Euros custou só esta fase. Um monstro abandonado ou embargado, tira a maior das qualidades deste parque: A vista de rio

Completamente desproporcionado, este edíficio abandonado tira a vista do Parque. E tira-lhe a escala.
Haja esperança na sua demolição.



O edifício de estacionamento automóvel é a "porta de entrada" do parque dos poetas. A passagem pedonal desta via automóvel não é fácil. Será complicado passar de uma área do parque para outra em segurança. Là em cima um enorme edifício marcará o topo da nova área do Parque em construção, Claramente no melhor local para um espectacular miradouro surge um edifício. Mais uma estranha decisão.
Que edifício é este? É uma passagem aérea para ligar uma parte do parque à outra. Uma fortuna numa solução em escada, inacessivel a cidadãos com mobilidade reduzida e que ainda para mais ficou interrompido. Uma solução totalmente incompreensivel fazer-se esta passagem aérea, quando se trata de uma via local com 1+1 faixa...


O Parque Infantil é isto: uma mancha de borracha sem equipamentos... porquê?

Portões sempre fechados. A circulação pedonal de acesso e atravessamento do parque é uma impossibilidade.


quinta-feira, 19 de junho de 2014

Voltar às ruas também é isto




















A utilização de praças e avenidas para eventos públicos é uma nova forma de actuação das empresas nos seus processos de divulgação.
O espaço público é isso mesmo. Tem servido ao longo das últimas décadas sobretudo para circulação e estacionamento de viaturas, onde o peão perdeu quase todos os direitos a usufruir de um espaço que é realmente seu. A utilização do espaço público para manifestações, concertos, performances, demonstrações, é claramente uma boa notícia de um movimento de retorno à vida na Cidade.
Podemos gostar mais ou menos deste ou daquele evento, mas meio milhão de pessoas na Avenida da Liberdade é uma boa notícia para este objectivo macro que é viver o espaço público e para a generalidade do comércio que vive da rua e das pessoas que circulam na rua e se deslocam aos estabelecimentos a pé.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Quantos milhões?









No dia em que soube que vão ser investidos mais 1,2 milhões de dinheiro público na contenção das Torres de Ofir, para tentar salvá-las de uma localização completamente errada, é o mesmo dia em que a Tom-Tom divulga os seus dados do congestionamento anual em Lisboa e Porto. Em Lisboa perdem-se 3 dias parados no trânsito e no Porto é quase igual. A isto somem-se os muitos milhões em rodovias!
Estes dados são importantes para contrabalançar a ideia de que ordenamento territorial bem feito, com restrições à edificação de acordo com critérios de sustentabilidade ecológica, que não gerem tráfego automóvel, ocupação de bons solos e de solos sensíveis, em suma, que não provoquem desequilíbrios no território, só servem para consumir tempo e recursos ao Estado e às Empresas.
Aqueles que defendem um planeamento "flexível" e "ajustado às oportunidades" (quem não quer isto? Eu também quero) pensem que a balizar tudo isto têm que estar sempre os critérios de sustentabilidade.
Porque não os ter é que custa dinheiro. Muito dinheiro! E para o resto da vida.

(fonte: http://cdn.controlinveste.pt/Storage/JN/2014/big/ng3026486.jpg e http://www.destak.pt/edicao-dia)

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Os ZOOs do Séc XIX

















Faz 130 anos. Se dúvidas houvesse, é do Séc XIX.
E faz sentido. Remete ao tempo em que os "Julios Vernes" descobriam o mundo científico e onde a sua divulgação correspondia a uma necessidade, compreensível, das populações das metrópoles da época.
Capturar um leão e trazer para Londres ou Nova Iorque fazia tanto sentido como hoje vermos excelentes fotos de leões em revistas de divulgação ou assistirmos no conforto dos nossos sofás a um programa da "National Geographic".
Em suma, não faz hoje sentido ir ver um leão enjaulado numa jaula quando temos tecnologia que nos permite vê-lo em liberdade e com muito maior qualidade para nós espectadores.
Hoje há tecnologias 3D e 4D, hoje há WebCams, hoje existe um gama de tecnologias digitais que deviam ser o futuro dos ZOOs. Verdadeiros espaços de divulgação científica. E para os ZOOs seria uma poupança de recursos considerável e creio que um aumento de receita.
Para mim, animais nos ZOOs seriam restringidos apenas a animais em perigo de extinção ou em programas de salvaguarda de fauna autóctone. As receitas deste novo espaço permitiriam inclusivé a sustentabilidade de diversos programas.
A ideia de que o ZOO é um espaço "amigo dos animais" porque lá podemos "ver animais" é a meu ver um conceito completamente desactualizado. Enquanto não mudarem, os ZOOs vão continuar sempre à procura de financiamento para se manterem, com as dificuldades que se conhecem, e vão adoptar para sobreviver cada vez mais a forma de um qualquer parque de diversões. Os ZOOs podem vir a ser um excelente espaço de divulgação científica, de protecção ambiental e sensibilização para a protecção animal. Hoje, peço desculpa, não o são.

sábado, 24 de maio de 2014

Marginal! Isto vai ter que mudar!






















FOTO PARA REFLECTIR! 
Paço d´Arcos, 24.05.2014, às 12:30h.
Uma mãe, de bicicleta com o seu filho, tentam sobreviver num micro-passeio de 1.00m de largura com todo o tipo de sinais, armários e avisos à mistura, enquanto todo o espaço da marginal é usado por carros que só com um radar cumprem os 70km/h.
Isto está errado e vai ter que mudar!
VOTE PROPOSTA 7 DO OP OEIRAS ATÉ AMANHÃ DIA 25.
VOTE 3 vezes: http://orcamentoparticipativo.cm-oeiras.pt/registo.aspx

terça-feira, 20 de maio de 2014

Para que serve afinal tanto Alqueva
















Há muitos que se dizem verdes e ficam vermelhos de raiva contra o TUA mas estiveram silenciosos contra o Alqueva. Uma barragem sobre-dimensionada que custou milhões e milhões em betão, desmatações, expropriações, deslocações, reconstruções, e cuja vocação começa a ser cada vez mais aquilo que se temia: Aldeamentos, Campos de Golfe e mais recentemente a ideia de irrigar eucaliptos numa bizarra solução de "regadio social".

Refere hoje o "Público" que "o presidente o conselho de administração da EDIA, José Pedro da Costa Salema, é favorável à plantação de eucaliptos em Alqueva, alegando que desta forma será possível garantir a sustentabilidade das pequenas explorações agrícolas, o chamado "regadio social". (sublinhado meu).

É claro que poderíamos ter tido um Alqueva equilibrado economicamente, bem como ambientalmente.
Nem a medida de minimização de só encher à cota 139m em vez da cota 152m foi na altura acatada. Temos hoje a maior albufeira artificial da Europa. E vamos acabar a regar campos de golfe e eucaliptos.
Foto AQUI

segunda-feira, 21 de abril de 2014

O imposto do açúcar e do sal


















Fala-se de poder vir a taxar produtos que comprovadamente contenham "... altos teores de açúcar, de sal, e alimentos vulgarmente considerados como “comida de plástico”, que podem provocar aumentos excessivos de peso", conforme é anunciado AQUI.

Parece-me bem que se equacione este imposto, da mesma forma como o tabaco é também altamente taxado, e pelos mesmos motivos: saúde.
A única questão é que esse imposto deveria reverter inteiramente para o Ministério da Saúde e nunca para o Orçamento do Estado. Sugiro que o mesmo seja utilizado em medidas de prevenção da obesidade, desde campanhas a rastreios.
Sugiro ainda que seja obrigatório todos os produtos que simplesmente contenham adição de açucar ou sal num valor a definir obrigem à identificação nos rótulos desse facto.

Mas, na mesma linha, começam a surgir evidências sobre o aspartame, ou os OGMs, que muito nos deviam preocupar. A rotulação deveria evoluir para simplesmente informar o consumidor de que contém estes produtos e, caso se venha a justificar, taxá-los igualmente.

Em todo o caso ninguém fica impedido de os comprar, pagando um imposto acrescido sobre os mesmos e contendo a informação necessária para uma decisão consciente.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Ciclovias surreais

Era dificil fazer pior! Exemplos de Londres. Mais AQUIUma da ideias que fica é que faixas cicláveis sem separação física são inúteis. Se no Reino Unido é assim, por cá nem vale a pena tentar...

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Com esta "interface" me enganas


















A CP diz que sim nos seus mapas, mas eu tenho muitas dúvidas.
O percurso entre a Estação de Alcântara-Mar e Alcântara-Terra, assim descrita, faz pensar numa articulação simples entre as 2 estações, para que um passageiro sinta que é uma transição simples. Já descrevi AQUI o que é na realidade passar de uma estação para outra, nada digno de uma interface.
Mas os problemas estão logo desde logo nas duas estações: 
A somar a uma Estação de Alcântara-Mar semi-abandonada, com água pelo chão, escadas escorregadias, escadas rolantes há muito avariadas, ausência de elevadores para mobilidade reduzida, plataformas desabrigadas e sem informação de alterações da circulação e quase sem iluminação, junta-se a Estação de Alcântara-Terra onde se escolheu estacionar os comboios na mais pequena plataforma possível, havendo várias linhas disponíveis. Os passageiros correm literalmente risco de queda tal é a aglomeração de pessoas. E o ritmo é completamente desajustado para quem tem pressa!
Assim, o movimento observado de passageiros e a importância destas linhas justificam uma muito melhor articulação. 
Até lá, por favor, moderação nas designações. É que não é qualquer uma que se chama de interface.

















quinta-feira, 27 de março de 2014

Carta aberta à DECO























Lisboa (foto do autor)











Oeiras - imagem googlemaps


Cascais - imagem bingmaps


Cópia do texto enviado à DECO por mail a 27.03.2014

"Exmos Srs
DECO - Associação de Defesa do Consumidor

Como automobilista que também sou fiquei muito satisfeito em saber que é nosso direito queixarmo-nos às entidades responsáveis pelo estado da via pública quando o mesmo não se encontrar em boas condições e puder colocar-nos em risco ou, pior, quando se consumam daí prejuízos para os veículos e para os utilizadores.

Não fiquei esclarecido no entanto se a V. Associação se pronunciou sobre a questão das vias automóveis em concreto ou se os direitos à qualidade da via pública são, no V. entender, mais abrangentes, englobando primeiramente os peões e o direito à circulação pedonal em segurança em todas as circunstâncias.

Como Associação de Defesa do Consumidor, estou quase certo que se tratou de um lapso a referência em primeiro aos pisos rodoviários face aos espaços pedonais, num País onde a generalidade das pessoas, logo dos consumidores, são peões.

Assim, a esse propósito dou 3 exemplos na proximidade de Hospitais ou Clínicas de acesso público:

Saibam V. Exas que é impossível aceder a pé ao novo Hospital de Cascais, já que não existem sequer passeios ao longo das excelentes vias rodoviárias de acesso, vias essas sobre as quais felizmente, nós automobilistas, não temos qualquer reclamação a fazer já que estão em excelente estado. 

Outro exemplo, e haveria tantos, a impossibilidade dos peões atravessarem a Rua Engª. Álvaro Roquette em Oeiras, próximo de uma Clínica, onde num troço de mais de 700m não é possivel atravessar a estrada de um lado para o outro da via, pela ausência de passadeiras, numa área povoada e servida de equipamentos de ambos os lados. Para V. informação, as pessoas arriscam a vida diariamente neste local.

Da mesma forma a Av. 24 de Julho em Lisboa próximo de um Hospital, apresenta faixas de rodagem em número, largura e qualidade do piso suficientes para a circulação automóvel em qualidade, mas o passeio não permite o cruzamento de 2 peões, e muito menos a circulação de crianças em segurança, e tampouco carrinhos de bebés ou cadeiras de rodas.

Assim, solicitava o V.meu esclarecimento, como consumidor, dos meus direitos de peão quanto ao tipo de situações reportadas e quais os procedimentos que V.Exas entendem como correctos que os cidadãos adoptem nestes casos e se pretendem clarificar publicamente este tipo de situações.  

Certos do V. interesse pelo exposto, despeço-me com elevada consideração.
Nota: tomo a liberdade de dar conhecimento público desta carta através das redes sociais

Duarte d´Araújo Mata"

quinta-feira, 20 de março de 2014

I "love" Paris

















A poluição não é invisível, e isso é uma maçada.
Mesmo com o ar irrespirável e turvo, milhões de pessoas mantinham a ideia de sair à rua nos seus carros.
Foi preciso oferecer os Transportes Pùblicos e restringir a circulação a matriculas alternadas pares / ímpares.
E em Pequim ainda é pior. 
Mas parece que assumimos isto como "um custo" de uma espécie de modernidade.
E se a vida contínua, então proponho uma T-Shirt comemorativa da situação.
Publicado também AQUI

quinta-feira, 13 de março de 2014

PRIMÁRIAS: Por cá já não se "Livram" da inovação

Colômbia: Imagem dos candidatos que a 9 de Março passado foram à última etapa das suas eleições primárias para a Presidência da República do partido "Alianza Verde". 
Ver AQUI

Tem sido uma montanha-russa de impressões quanto ao "LIVRE" desde a sua formação, a qual assinei com muito gosto as listas para o tribunal constitucional.
No dia do seu anúncio achei que vinha aí o Partido Verde abrangente e mobilizador, que não existe em Portugal, e que tanto têm feito pelo desenvolvimento em vários Países da Europa que tiveram a sorte de os ter.

Depois inesperadamente o entusiasmo caiu a pique carril abaixo, quando 90% do discurso de apresentação e das semanas que se seguiram envolviam quase sempre a palavra "esquerda", "unir a esquerda" e "ser de esquerda".
Mas em vez de se colocarem ao centro para a partir daí unir a esquerda, foram-se colocar no meio da esquerda, sabendo que aí não se consegue unir nada e que a partir daí não se unirá o centro-esquerda, que é maioria da esquerda. E já nem falo que há uma ala da social democracia e até da democracia cristã cujos valores humanos, ambientais e sociais mereciam bem o esforço de lançar pontes e tentar compromissos. 

Depois entrou em cena o "3D" com um discurso na sombra do "LIVRE" e a tentar os mesmos objectivos do "LIVRE", com algumas acusações sobre a organização do "LIVRE" e alguns lamentos e personalizações à mistura que não deixaram enganar quem pensou que talvez em condições normais o "3D" não teria sido lançado. E como o discurso do "LIVRE" entretanto se perdeu demasiado no concurso "Quem quer ser muito de esquerda e ligar as esquerdas" e quase nada do resto que eu considerava essencial, fiquei com as minhas expectativas totalmente em baixa.

Mas eis que a montanha-russa arrancou aos solavancos carril acima com a recente apresentação das "Primárias" cujo processo é para já muitíssimo meritório e inovador, e que termina com a escolha da lista de candidatura às próximas Europeias. Faz de facto muita falta um processo assim, onde de forma totalmente transparente e mediante um processo claro e igualitário, será possível eleger os deputados pelas suas capacidades individuais, pelo que se propõem ser capazes de completar um determinado Programa e como pretendem fazer a ponte com os eleitores, entre outras características.

Assim, haja o que houver, este "LIVRE" marcou aqui um momento importante na democracia dos partidos que vale por si mesmo, independentemente da qualidade, exequibilidade ou eficácia das propostas constantes no Programa geral às Europeias. Será muito interessante acompanhar esta proposta. 
E aproveitando as recentes eleições na Colômbia, onde a "Alianza Verde" caminha para obter cerca de 2 milhões de votos para o Senado, tendo realizado em simultâneo as suas eleições primárias para a Presidência da República, é caso para repetir o slogan de Enrique Peñalosa o grande vencedor: "#Podemos!" 

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Inquérito: "Revestimentos herbáceos para espaços verdes"























É uma questão fundamental na gestão dos espaços verdes: a popularidade das soluções técnicas.
Portugal é, na maioria do seu espaço geográfico, um País com um clima Mediterrânico, onde as altas temperaturas estão sobrepostas à ausência de pluviosidade.
O meio urbano é, pela carga exercida sobre os espaços, incompatível com soluções generalizadas de sequeiro. Mas entre o regadio completo e o sequeiro haverá um equilíbrio a atingir em nome da sustentabilidade económica e ecológica, para o qual a dimensão das parcelas e as cargas específicas exercidas são, do ponto de vista biofísico, os factores decisivos.
Mas um grande orientador das decisões tem sido muitas vezes a "popularidade" das soluções, ou seja, o vector humano. É que as pessoas tendem a achar que o sequeiro é abandono e desleixo e os decisores, mesmo quando alertados para a questão, tendem muitas vezes a não arriscar...
Assim, é de grande importância este trabalho de investigação que procura, através de inquéritos, algumas respostas que tanta influência podem ter nas tomadas de decisão e com repercussões ao nível económico, social e ambiental.
Inquérito disponível AQUI

Trabalho de Clara Ponte-e-Sousa (clara.caldeira@sapo.pt)
PhD Student in Arts and Landscape Techniques - Landscape Architecture
Granted student in the "Bento de Jesus Caraça" Program
Institute for advanced studies and research
University of Évora, Portugal
 
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