sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Serra da Arada, da Freita e do Caramulo



Bétulas no "Retiro da Fraguinha"


Serra da Arada


Fisga da Mizarela, Serra da Freita


Do topo da Serra da Arada


Vale agricultado (milho) na Serra da Arada


Do alto do Caramulo

Tive oportunidade de conhecer e desfrutar de 3 espaços de grande qualidade. 
Posso dizer que a Serra do Caramulo foi uma visita "de passagem", mas quanto às 2 primeiras ficaram, diria razoavelmente, geograficamente compreendidas.

Na Serra da Arada fiquei, e recomendo, o Parque de Campismo Rural "Retiro da Fraguinha". Não há rede de telemóveis nem televisão. É o "retiro" no seu verdadeiro significado. 
Muito acolhedor, cheio de requinte, alia o enquadramento natural com o saber receber. Um senão: as eólicas da envolvente, de noite, produzem um ruído de fundo que me surpreendeu pela negativa. 

E quanto a turismo, podemos dizer que estas serras, praticamente não estão exploradas. É muito dificil encontrar um restaurante e muito mais um espaço para pernoitar. Até uma mercearia é difícil. Há aldeias perdidas, quase desertas, algumas com cabras no lugar de gente, onde as estradas nem saída têm. 
Os campos de milho em leiras de altitude, por vezes aparentemente em lugar nenhum, denunciam uma povoação, por vezes infima, nas proximidades.

A Serra da Arada e da Freita localizam-se entre S. Pedro do Sul e Arouca e são espantosamente ricas. Ricas geologicamente (vide Geopark de Arouca), com grandes planaltos de altitude, fragas e escarpas que talvez não se esperasse em montanhas com tão pouca altura (cerca de 1100m). Tive a sensação de estar na alta montanha quando circulava nas zonas mais altas. 
Culturalmente temos as pastagens de cabras da serra e da raça Arouquense, que depois dão dois pratos de excepção: cabrito assado e vitela assada à Lafões. Mas há mais iguarias. E comer esta carne e os seus derivados é, para mim, estar a desenvolver esta região e a dar futuro a estas gentes. Que não haja dúvida: a agro-pecurária, se bem gerida, é uma ferramenta insubstituível no moldar das Paisagens culturais e ecologicamente equilibradas.
Por fim, os prados de montanha apresentam uma ruiqueza florística invejável, dando aliás lugar a uma extensa área de Rede Natural 2000.

Outro senão, para além do ruído das eólicas: O eucalipto que em algumas áreas reveste, em excesso, estes bonitos relevos.

Quanto ao Caramulo, trata-se de uma belíssima serra de onde se alcança, dos seus cumes, desde a Serra da Estrela até ao mar, muito arborizada e com poucas mas razoavelmente bem conservadas aldeias.

domingo, 26 de agosto de 2012

"INTERVIEW WITH JAN GEHL"

Jan Gehl, um arquitecto de referência.
Capaz de influenciar até o estilo do planeamento e projecto Americanos. 
Com o contexto Dinamarquês da construção de cidades como base, projecta-se para o mundo.
A ter em conta.

"In your new book "Cities for People," you say that the way cities have been planned and developed dramatically changed over the past few years, much for the worse. What happened to many cities? What went wrong?"

A entrevista AQUI

sábado, 18 de agosto de 2012

Casas de Banho secas

Andava há algum tempo para escrever sobre esta experiência de "casas de banho secas" que tive há semanas atrás na Herdade do Freixo do Meio, que tem um Eco-Camping para o lado de Montemor-o-Novo, no Alentejo.

As sanitas são secas porque não têm água (logo, não têm esgoto). Os dejectos caem por gravidade de um ponto alto para um armazenamento no piso térreo.
Em seguida, o papel higiénico é atirado igualmente, acompanhado de serradura. 

Não resisti a abrir a tampa e a ver com alguma demora o armazenamento a partir do buraco da sanita. Fiquei impressionado pela ausência de cheiros.

No entanto, reparei que o calor da compostagem é retirado por uma chaminé. Esse calor, levado pelo vento, transporta algum odor. Mas nada de especialmente incomodativo face a outras casas de banho colectivas neste tipo de equipamentos.

O produto da compostagem é um poderoso fertilizante para os solos da herdade.

Confesso que a experiência é na prática mais simples do que o que nos faz parecer na primeira sensação. É limpo, higiénico e eficaz.
Porque é que o desenho desta casa de banho não poderia ter uma solução mais atractiva, menos exposta e mais acolhedora? Ecológico não tem que ser pobre...





segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Vilamoura Cycle Chic

É notável o esforço de Vilamoura pelo uso da bicicleta. Há cerca de 20 anos foram pioneiros em construir uma rede de percursos dedicados (ciclovias) e colocar estacionamentos de bicicleta nos locais mais importantes do empreendimento.

Com a entrada em funcionamento do sistema de bicicletas de uso partilhado, Vilamoura consegue, em simultâneo, reverter espaço viário para espaço pedonal e ciclável, mostrando que há outras prioridades nas deslocações. A bicicleta, em férias e no trabalho, pode ser facilmente a melhor solução de transporte, especialmente em trajectos até 3km onde é objectivamente primeira. Articulada com o transporte público e integrada numa estrutura verde, a bicicleta é uma poderosa ferramenta de planeamento ambiental.

Pretende-se reverter automobilistas para utilizadores de bicicleta? Nada melhor do que este tipo de iniciativas "cycle chic" para mostrar que, com estilo e sem stress, é possivel.



In PUBLICO, AQUI

Vilamoura
A bicicleta chic rivaliza no Algarve com os carros topo de gama
13.08.2012 - 21:20 Por Idálio Revez

"Um passeio a pedalar à volta da marina passou a ser mais in do que viajar de carro descapotável nas ruas entupidas.

A nova tendência em Vilamoura não é exibir o barco ou o carro "topo de gama". Mostrar uma "pedaleira" chique é que está a dar nas vistas. No fim-de-semana foi inaugurado o passeio Cycle Chic - um convite aos veraneantes para darem ao pedal até à praia ou ao campo de golfe. O apelo à mobilidade ecológica surge numa altura em que já não há parques e ruas que cheguem para tantos automóveis em redor da marina.

A iniciativa, com o apoio da Federação Portuguesa de Cicloturismo, partiu da Inframoura, a empresa gestora do espaço público do empreendimento. O uso deste meio de transporte "foi um projecto que já tínhamos há 15 anos para Vilamoura", explicou o empresário Gilberto Jordan. Porém, a ideia do Cycle Chic só ganhou forma este Verão, com a introdução do projecto das bicicletas de uso partilhado - duas centenas de veículos que podem ser utilizados por todo o empreendimento, através de itinerários que formam uma rede de 20 quilómetros de ciclopistas.

O presidente da Inframoura, Nuno Ramos, considera que o projecto das bicicletas de uso partilhado "ultrapassou todas as expectativas e está a ser um sucesso". Após duas semanas e meia, sublinha, "já temos 3200 horas de utilização". Quem pode usufruir deste serviço são os proprietários e turistas instalados em unidades hoteleiras ou casas particulares. O dono de uma vivenda com três quartos pode requisitar seis cartões para uso de bicicletas. O sistema, por enquanto, explica Nuno Ramos, não permite a utilização pelo visitante ocasional.

Para que a oferta seja alargada à população em geral, acrescenta o gestor, será preciso "avaliar se há condições de crescimento a breve trecho, porque vão ser necessários mais veículos e estações com lugares de estacionamento". Por outro lado, José Manuel Caetano, presidente da Federação Portuguesa de Cicloturismo, promotora do projecto Cycle Chic, nascido em Copenhaga, mostra entusiasmo: "A bicicleta está na moda, passou a ser objecto de culto." Apontando para a fila de carros estacionados no passeio envolvente à marina. questiona: "Não acha que estes automóveis estão aqui a mais?"

O ambiente cosmopolita, à volta dos iates, "ficaria mais fino e despoluído sem carros", considera.

"Vilamoura é plana, tem todas as condições para o uso da bicicleta", salienta, por seu lado, Gilberto Jordan. O utente pode usar o veículo por um período máximo de 45 minutos, em cada utilização, por períodos ilimitados. O sistema funciona, entre Julho e Agosto, das 7h às 02h, nos restantes meses, entre as 8h e as 20h. 

Vilamoura nasceu como zona essencialmente turística, mas com o evoluir dos tempos adquiriu uma nova maneira de encarar o urbanismo. A introdução das "pedaleiras", de recorte moderno e a criação de espaços de desporto para todos - destaca o administrador - insere-se num novo conceito de cidade, "turística, mas não só"."


sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Contra a liberalização da plantação de eucaliptos, assinar, assinar a petiçao!

Obrigado por participar desta campanha no site Petições da Comunidade da Avaaz. Você foi adicionado a lista de emails da Avaaz. A Avaaz geralmente manda um email por semana, oferecendo a chance de você agir em relação ao um assunto global urgente. Para se assegurar que você receberá emails como este, adicione a Avaaz aos seus contatos (how?). Ou clique aqui para cancelar sua inscrição.

Obrigado por assinar minha petição: Contra a liberalização das plantações de eucalipto [No to the liberalization of eucalyptus plantations in Portugal]!

Toda pessoa que se junta a esta campanha aumenta nossa força de ação. Por favor, separe um minuto para compartilhar este link com todos que você conhece:

http://www.avaaz.org/po/petition/Contra_a_liberalizacao_das_plantacoes_de_eucalipto_em_Portugal/?tta

Vamos fazer a mudança juntos,
Ana Filipa

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Aqui está a petição para encaminhar para seus amigos:

Contra a liberalização das plantações de eucalipto [No to the liberalization of eucalyptus plantations in Portugal]

PORTUGUÊS

Foi recentemente avançada uma proposta da alteração da legisçação sobre Arborização e Rearborização, a qual abre a porta à liberalização das plantações de eucalipto em Portugal. Sabendo que o eucalipto é uma espécie invasora que aloja uma baixa biodiversidade e potencia os fogos, factor crítico em Portugal, pedimos que considerem esta alteração e que evoluam no sentido de proteger o nosso património natural ao investir na plantação de espécies nativas portuguesas, as quais reduzem os fogos e potenciam a biodiversidade.

Para mais informações, consultem o pdf da proposta de alteração aqui:

http://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0CHQQFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.afn.min-agricultura.pt%2Fportal%2Foutros%2Fnoticias%2Fresource%2Fficheiros%2Facoes-arborizacao-e-rearborizacao&ei=VpsdUOnbDIeBhQfXbw&usg=AFQjCNE7GxrhZ-rzto53DYsr9PBLbE0cxQ

ENGLISH


Recently, the portuguese government proposed the liberalization of eucalyptus plantations in Portugal. However, the eucalyptus is an invasive species that lowers the biodiversity and increases the probability of fires - a critical factor in Portugal. Therefore, we ask the government to not change the current laws regarding eucalyptus plantations but instead evolve towards the protection of our natural heritage by investing in the plantation of native portuguese trees, which can not only reduce the fire probability but also increase the local biodiversity.

Learn more reading the government proposal here (in portuguese):

http://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0CHQQFjAA&url=http%3A%2F%2Fwww.afn.min-agricultura.pt%2Fportal%2Foutros%2Fnoticias%2Fresource%2Fficheiros%2Facoes-arborizacao-e-rearborizacao&ei=VpsdUOnbDIeBhQfXbw&usg=AFQjCNE7GxrhZ-rzto53DYsr9PBLbE0cxQ


http://www.avaaz.org/po/petition/Contra_a_liberalizacao_das_plantacoes_de_eucalipto_em_Portugal/?tta

Enviado pela Avaaz em nome da petição de Ana Filipa

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Alfaces, praticamente no asfalto

A vontade de ter um espaço para cultivas nas cidades está a aumentar.
Por necessidade ou por gosto, faltam espaços para tanta gente que quer ou precisa.

Quem sai do comboio na Estação de Paço d´Arcos tem a clara percepção de que até o canteiro mais estreito serve para cultivar sustento.

O Concelho de Oeiras, como venho dizendo sobre vários assuntos, há muito que deixou de "marcar o ritmo".
Nas hortas urbanas, é evidente o atraso face a outros concelhos. Não há um único local organizado para o cultivo no Concelho com melhores solos do País. 

Não são uma prioridade as hortas urbanas em Oeiras.
 
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