quinta-feira, 27 de março de 2014

Carta aberta à DECO























Lisboa (foto do autor)











Oeiras - imagem googlemaps


Cascais - imagem bingmaps


Cópia do texto enviado à DECO por mail a 27.03.2014

"Exmos Srs
DECO - Associação de Defesa do Consumidor

Como automobilista que também sou fiquei muito satisfeito em saber que é nosso direito queixarmo-nos às entidades responsáveis pelo estado da via pública quando o mesmo não se encontrar em boas condições e puder colocar-nos em risco ou, pior, quando se consumam daí prejuízos para os veículos e para os utilizadores.

Não fiquei esclarecido no entanto se a V. Associação se pronunciou sobre a questão das vias automóveis em concreto ou se os direitos à qualidade da via pública são, no V. entender, mais abrangentes, englobando primeiramente os peões e o direito à circulação pedonal em segurança em todas as circunstâncias.

Como Associação de Defesa do Consumidor, estou quase certo que se tratou de um lapso a referência em primeiro aos pisos rodoviários face aos espaços pedonais, num País onde a generalidade das pessoas, logo dos consumidores, são peões.

Assim, a esse propósito dou 3 exemplos na proximidade de Hospitais ou Clínicas de acesso público:

Saibam V. Exas que é impossível aceder a pé ao novo Hospital de Cascais, já que não existem sequer passeios ao longo das excelentes vias rodoviárias de acesso, vias essas sobre as quais felizmente, nós automobilistas, não temos qualquer reclamação a fazer já que estão em excelente estado. 

Outro exemplo, e haveria tantos, a impossibilidade dos peões atravessarem a Rua Engª. Álvaro Roquette em Oeiras, próximo de uma Clínica, onde num troço de mais de 700m não é possivel atravessar a estrada de um lado para o outro da via, pela ausência de passadeiras, numa área povoada e servida de equipamentos de ambos os lados. Para V. informação, as pessoas arriscam a vida diariamente neste local.

Da mesma forma a Av. 24 de Julho em Lisboa próximo de um Hospital, apresenta faixas de rodagem em número, largura e qualidade do piso suficientes para a circulação automóvel em qualidade, mas o passeio não permite o cruzamento de 2 peões, e muito menos a circulação de crianças em segurança, e tampouco carrinhos de bebés ou cadeiras de rodas.

Assim, solicitava o V.meu esclarecimento, como consumidor, dos meus direitos de peão quanto ao tipo de situações reportadas e quais os procedimentos que V.Exas entendem como correctos que os cidadãos adoptem nestes casos e se pretendem clarificar publicamente este tipo de situações.  

Certos do V. interesse pelo exposto, despeço-me com elevada consideração.
Nota: tomo a liberdade de dar conhecimento público desta carta através das redes sociais

Duarte d´Araújo Mata"

quinta-feira, 20 de março de 2014

I "love" Paris

















A poluição não é invisível, e isso é uma maçada.
Mesmo com o ar irrespirável e turvo, milhões de pessoas mantinham a ideia de sair à rua nos seus carros.
Foi preciso oferecer os Transportes Pùblicos e restringir a circulação a matriculas alternadas pares / ímpares.
E em Pequim ainda é pior. 
Mas parece que assumimos isto como "um custo" de uma espécie de modernidade.
E se a vida contínua, então proponho uma T-Shirt comemorativa da situação.
Publicado também AQUI

quinta-feira, 13 de março de 2014

PRIMÁRIAS: Por cá já não se "Livram" da inovação

Colômbia: Imagem dos candidatos que a 9 de Março passado foram à última etapa das suas eleições primárias para a Presidência da República do partido "Alianza Verde". 
Ver AQUI

Tem sido uma montanha-russa de impressões quanto ao "LIVRE" desde a sua formação, a qual assinei com muito gosto as listas para o tribunal constitucional.
No dia do seu anúncio achei que vinha aí o Partido Verde abrangente e mobilizador, que não existe em Portugal, e que tanto têm feito pelo desenvolvimento em vários Países da Europa que tiveram a sorte de os ter.

Depois inesperadamente o entusiasmo caiu a pique carril abaixo, quando 90% do discurso de apresentação e das semanas que se seguiram envolviam quase sempre a palavra "esquerda", "unir a esquerda" e "ser de esquerda".
Mas em vez de se colocarem ao centro para a partir daí unir a esquerda, foram-se colocar no meio da esquerda, sabendo que aí não se consegue unir nada e que a partir daí não se unirá o centro-esquerda, que é maioria da esquerda. E já nem falo que há uma ala da social democracia e até da democracia cristã cujos valores humanos, ambientais e sociais mereciam bem o esforço de lançar pontes e tentar compromissos. 

Depois entrou em cena o "3D" com um discurso na sombra do "LIVRE" e a tentar os mesmos objectivos do "LIVRE", com algumas acusações sobre a organização do "LIVRE" e alguns lamentos e personalizações à mistura que não deixaram enganar quem pensou que talvez em condições normais o "3D" não teria sido lançado. E como o discurso do "LIVRE" entretanto se perdeu demasiado no concurso "Quem quer ser muito de esquerda e ligar as esquerdas" e quase nada do resto que eu considerava essencial, fiquei com as minhas expectativas totalmente em baixa.

Mas eis que a montanha-russa arrancou aos solavancos carril acima com a recente apresentação das "Primárias" cujo processo é para já muitíssimo meritório e inovador, e que termina com a escolha da lista de candidatura às próximas Europeias. Faz de facto muita falta um processo assim, onde de forma totalmente transparente e mediante um processo claro e igualitário, será possível eleger os deputados pelas suas capacidades individuais, pelo que se propõem ser capazes de completar um determinado Programa e como pretendem fazer a ponte com os eleitores, entre outras características.

Assim, haja o que houver, este "LIVRE" marcou aqui um momento importante na democracia dos partidos que vale por si mesmo, independentemente da qualidade, exequibilidade ou eficácia das propostas constantes no Programa geral às Europeias. Será muito interessante acompanhar esta proposta. 
E aproveitando as recentes eleições na Colômbia, onde a "Alianza Verde" caminha para obter cerca de 2 milhões de votos para o Senado, tendo realizado em simultâneo as suas eleições primárias para a Presidência da República, é caso para repetir o slogan de Enrique Peñalosa o grande vencedor: "#Podemos!" 
 
Site Meter