segunda-feira, 25 de junho de 2012

Rua Costa Pinto: a oportunidade de poder desenvolver uma rua de excelência




O corte da Rua Costa Pinto em Paço d´Arcos, neste fim de semana, para uma mostra gastronómica, deixou bem à vista o potencial que esta tem para ser um espaço de eleição para o comércio e um cartão de visita de Paço d´Arcos, em frente ao seu palácio ex-libris.


Basta cortar 100m de rua e reverter 10 lugares de estacionamento em área pedonal e de esplanadas e tudo passaria a funcionar melhor, garantindo os acessos a todos os locais, conforme mostro AQUI NESTE MAPA


domingo, 24 de junho de 2012

Regar as relvas em tempo de seca extrema

"Mais de 80% de Portugal está em seca severa e extrema"
23.06.2012
Helena Geraldes (PUBLICO)

NOTÍCIA AQUI
FOTO: Parque dos Poetas, Oeiras

Fazemos alguma coisa para resolver este problema?

Nos espaços verdes, a relva enche-nos de alegria enquanto nos esvazia as barragens.
Lavam-se carros com água potável...

Nos gabinetes ministeriais prepara-se um decreto-lei quer permite "eucaliptar" o País sem restrições. 
Em áreas até 5ha nem comunicação prévia é exigida.

De que é que estamos à espera, para além de nos lamentarmos?

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Os Koalas, parece que têm futuro

Foto retirada de AQUI

"Ações de arborização e rearborização" é o título de uma proposta de alteração legislativa que está em consulta pública até ao próximo dia 25 de Junho.

CONSULTA DO DOCUMENTO .PDF AQUI

Algumas das propostas mostram que continuamos a insistir na incongruências entre a protecção da biodiversidade que vemos nos discursos de retórica e esta prática que permite, por exemplo isentar de parecer do ICNF. I.P. de quaisquer arborizações cuja área seja menor que 5 hectares ou rearborizações com espécie diferente em áreas inferiores a 10 hectares.

Ficam dispensadas de autorização ou comunicação prévia quaisquer ações de arborização ou rearborização com espécies florestais integrados em projectos florestais aprovados no âmbito de programas de apoio financeiro com fundos públicos ou da União Europeia.

Esta proposta propõe a alteração de diversos regimes, um deles a REN. Deixa de haver aplicação do regime da REN às acções autorizadas no âmbito do novo regime. 
Dependendo da figura de protecção incluida na REN, fica a certeza que as "florestas" continuam ser perceber para que serve realmente este regime de protecção...

Há alterações importantes a considerar no regime de protecção ao sobreiro e à azinheira, bem como ao regime aplicado à arborização e rearborização de áreas percorridas por incêndios florestais.

A ideia da biodiversidade como resultado do funcionamento dos ecossistemas está claramente a transformar-se (se não terá sido sempre assim...) num conceito de biodiversidade como "diversidade". O banco genético, a continuidade, a regeneração natural, a resiliência dos habitats, tudo parece caminhar para o livre arbítrio dos "investidores".

Os "investidores" querem mais eucaliptos? Então assim será.
Ou afinal, algum "investidor" tem com preocupações ecológicas e pretende apostar na valorização da nossa flora e em habitats agro-florestais sustentáveis? Sorte para nós. 
Dependerá "do mercado", porque nós nada fazemos por nos protegermos.

Portugal com inundações no Inverno e incêndios florestais no Verão será, desta forma, cada vez mais um cenário televisivo de "diretos", garantindo reportagens dramáticas sobre a "má sorte" e o "desleixo" do nosso País e nunca a responsabilidade dos nossos Governantes. 
Governantes esses que parece que mudam as Leis, não ao serviço dos interesses de todos, mas apenas de uma parte.

Bom futuro para os Koalas, ao que parece.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Verão a chegar: 1º corte do prado biodiverso

Fotos da evolução: SEMENTEIRA, FLORAÇÃO, FRUTIFICAÇÃO

Estou a acompanhar de perto a evolução deste prado biodiverso no corredor verde Monsanto - Parque Eduardo VII.

Já aqui o tinha descrito:


As espécies, antes floridas, frutificaram e o material herbáceo começou a secar.
Estava na altura de cortar, já que as sementes estão no solo e o aspecto ressequido do coberto não traz vantagens.
No corte, o primeiro desde que o prado foi instalado, deixa-se o material sobrante no solo.
Até agora não houve gastos de água. Não foi gasto qualquer metro cúbico de água de rega.

Agora, aguardemos palas primeiras chuvas de outono para observar a regeneração natural a partir do banco de sementes que se encontra no solo.
Se tudo correr bem, fecha-se o ciclo de uma experiência sustentável de espaços verdes em meio urbano.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

"Cinco é muito"

Muito bom, infelizmente.
Só falta dizer que desses cinco, provavelmente não se cumpre a pena de nenhum, por se protelar até à exaustão os prazos...

in BARTOON, PÚBLICO 13-06-2012


terça-feira, 12 de junho de 2012

Claro que isto não vai lá com apelos nem com pedidos...


O comércio tradicional não pode nem deve optar por este caminho:
Apelos, pedidos?
Apelos a que se compre. A que não se deixe morrer? 

Em vez de se actualizar, de se modernizar, manter-se igual, e tantas vezes medíocre,
Em vez de vender melhor, com melhores horários, mais úteis às pessoas (fechar à hora de almoço? fechar às 19h?)
Em vez de vender igual mas mais caro, deveria vender diferente e vender melhor,
Em vez de ser alternativa, mantém-se a tentar copiar o que as grandes superfícies vendem, mas mais caro.

O comércio de rua tem que fazer opções. 
Tem que querer defender o espaço público e apostar na venda de proximidade para o comprador peão, o comprador ciclista, e não querer sempre estar na linha da frente dos que defendem mais carros, sempre mais carros, como se os carros fossem optar pelo comércio de rua em vez do Shopping onde têm, de certeza, lugar no Parque de Estacionamento.

O comércio de rua deve e pode ser um comércio especializado. 
Especializado em produtos de qualidade, em produtos locais, em produtos de proximidade.
Deve depois criar um segmento que, vendendo o mesmo que as grandes superfícies, apresenta vantagens porque garante o transporte dos produtos e, porque não, a montagem, quando se tratar de electrodomésticos, móveis e bricolage?



O comércio de rua vai mesmo ter que mudar. Para melhor.
Há muitos locais em que já mudou, para melhor, com sucesso, pelo que só podemos ter esperança que isto vá lá, mas não com apelos nem pedidos à nossa solidariedade...


Foto na Av. Duque d Ávila AQUI


Foto na Av. Duque d Ávila AQUI


quarta-feira, 6 de junho de 2012

Educar para a bicicleta

Não há muitas dúvidas de que é fundamental educar as populações para o uso da bicicleta.

Para além de campanhas gerais para utilização da bicicleta, de promoção do acesso por bicicleta a locais, de incentivo específico em escolas (bike-to-school), de acesso a comércio (bike-to-shop) ou aos locais de trabalho (bike-to-office) há uma realidade em Portugal que não podemos ignorar quando planeamos "Bicicleta": 
Há uma generalizada falta de cultura ciclável, que afecta uma parte ainda não quantificada da Sociedade, mas certamente mais abrangente do que podíamos esperar, e que passa por pura e simplesmente as pessoas não saberem andar de bicicleta ou, sabendo andar, não o fazerem com a confiança e destreza necessárias. 
Querer ignorar isto seria, no mínimo, dramático ou inconsciente.
E é por isto que decalcar bibliografia internacional sobre a matéria requer uma interpretação da mesma rumo a uma estratégia. 

Muito se tem feito pela bicicleta em Lisboa, quer se goste, quer não, em vários domínios da colocação de estacionamentos, regulamentação, informação e campanhas de incentivo. 
Muito mais do que apenas construir "infra-estrutura"...
A educação para usar a bicicleta tem sido, desde 2008, uma constante. Mais uma vez haverá cursos de aprendizagem para o uso da bicicleta, numa parceria entre a CML e a FPCUB.

Mais informações aqui:
http://www.cm-lisboa.pt/archive/img/Curso_Conducao_de_bicicleta_em_meio_urbano_online.gif

Einstein-on-bike, foto AQUI

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Uma "ciclovida", mas sem consequências

É com alguma frequência que a CM Oeiras encerra temporariamente a marginal para actividades desportivas e de lazer.
É muito positivo que assim seja e em alguns casos bastante inovador.

Há aliás neste procedimento alguns aspectos que considero peculiares e dignos de reflexão. Uns positivos, outros nem tanto.

Por um lado encerra-se ao tráfego, não uma avenida qualquer, mas sim nada mais nada menos do que a EN9, de 4 faixas, com um traçado de distribuição muito acentuado e com alternativas suficientes, mas aos olhos do habitual utilizador consideradas reduzidas ou com recurso a pagamento de portagem, sem haver por isso lugar a qualquer protesto relevante. 
E quando digo relevante também incluo o ACP, que nunca nada disse (pelo menos a que tenha tido acesso).

Por outro lado, o fecho só acontece aos fins de semana ou feriados, pelo que aos olhos do automobilista comum, o "espaço" não está "em perigo"...

Os movimentos "ciclovida", comuns em muitos Países, são caracterizados por um corte cirúrgico de uma via para actividades recreativas a pé e de bicicleta, permitindo o desfrute de um espaço habitualmente para veículos, mas dotando essa acção de uma "experiência" que vise alguma consequência.

No Velo-City 2011 em Sevilha, Peñalosa referiu-se a esta medida sistematicamente perante cidades que, da plateia se levantavam e diziam: "não somos Amesterdão, quase não temos ciclistas, como começamos?". 
Resposta de Peñalosa: "Ciclovida, Ciclovida". 

O que acontece aqui na marginal é bom, mas já se faz há pelo menos 5 anos sem daqui ter havido qualquer consequência para a melhoria da circulação pedonal e de bicicleta neste traçado. Corta-se, abre-se. Corta-se, abre-se. Tudo na mesma.
Não, o passeio marítimo não é solução para as bicicletas, já que está interdito entre as 08h e as 20h, o que se compreende dada a necessidade de assegurar a segurança de peões, que são muitos por lá.

Daqui resulta que é essencial melhorar a circulação de bicicletas entre Algés e Cascais. 
Alguém percebe que em 2012 não seja possível circular entre Lisboa e Cascais de bicicleta?

Não vejo outra alternativa do que olhar para o espaço viário da marginal e assumir que de todo aquele espaço viário, algum terá mesmo que ser afecto à bicicleta.
Há várias soluções de tipologias, mas uma coisa é certa: qualquer delas requer retirada de espaço automóvel. 
É uma decisão que não é pacífica mas as muitas dezenas de milhares de pessoas que usufruem da marginal a pé e de bicicleta através destas "ciclovidas" são os principais cidadãos potencialmente defensores desta medida.

Haja consequência!





sábado, 2 de junho de 2012

Remove from bicicletada_lx

É preciso muito para mim para desistir de receber mails de uma lista aberta de mails em torno da bicicleta em Lisboa.

Mas de facto, enquanto há anos atrás a lista debatia, com frontalidade, diversos aspectos da política da bicicleta, colocando em confronto aberto diferentes opiniões, há meses para cá que está tomada por meia dúzia de "activistas" do chamado "bota-baixismo", ou seja, pessoas que só contribuem com opiniões pouco fundamentadas, baseadas em falta de informação, falta de conhecimento do que se discute e sobretudo munidas de grande agressividade. 

Opiniões que, em vez de contribuírem para melhorar a qualidade da circulação da bicicleta, para enriquecer a discussão em torno do que se faz pela bicicleta, só procuram denegrir o que se faz. 
Se estiver bem feito, não se fala, pura e simplesmente.
Se houver alguma dúvida, algum problema, alguma questão, a dúvida assume de imediato a forma de acusação! Acusação puxa acusação e, de acusação em acusação, transforma-se uma comunidade inteira que lê estes e-mails em potenciais perdedores de tempo. 

Este é o maior problema desta lista e é a única razão porque saio.

Algumas das pessoas que se movem nestas acusações e neste "bota-baixismo" terão concerteza motivações que transcendem por vezes a bicicleta e que acontecem naturalmente em todos os movimentos ditos "de massa". Há aproveitamentos políticos, há interesses próprios e há sempre inerente uma enorme capacidade de tentar comandar estes movimentos, mais do que aproveitá-los para melhorar a vida da Cidade. 
Há também invejas de protagonismo. O costume. Não é por aí. E desde o início que se sente isso.

Mas qual é a diferença agora? 
É que no início, e mesmo com opiniões contrárias ao que eu penso ou defendo, sempre achei útil porque sempre que participei julgo que contribuí para o debate, muitas vezes trazendo "inside information, e apesar de alguns terem-se por vezes apressado logo a dizer que eu era "político" ou "assessor" e que por isso não tinha uma opinião "imparcial"... Imparcial? 
Pois é...falemos de imparcialidade na maioria das opiniões que se lêem...

Hoje em dia há já, felizmente, outros palcos para discutir os assuntos que nos movem, que nos motivam, com os quais lidamos e que nos ajudam a melhorar o trabalho que se faz ou simplesmente a enriquecer o nosso conhecimento. 

Seguindo a tendência da maioria de pessoas que conheço, também eu abandono por fim a lista da "bicicletada_lx", tendo esperança que um dia alguém me diga como no início "anda para a lista, inscreve-te, é uma lista aberta de discussão, vale a pena". 
Fi-lo na altura com entusiasmo e agora, com a mesma postura, abandono-a.
É da vida!





 
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