sábado, 30 de novembro de 2013

Meu contributo para a clarificação técnica do valor da calçada

A propósito de um simpático convite do Luis Escudeiro da ACA-M, fiz um depoimento gravado a propósito do tema central deste curso livre - sobrevivência rodoviária e pedonal - mas abordei temas como o conforto pedonal no espaço público. 
E a esse propósito não fugi ao tema da calçada e deixei a minha opinião. O Plano de Acessibilidade Pedonal de Lisboa é um documento ainda totalmente aberto à discussão e vão pois a tempo todos os contributos em todas as áreas que aborda. Já o tinha AQUI falado há pouco tempo a propósito do contributo que submeti no período de discussão pública. 
Fica o excerto relativo a esta questão:

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

A estrutura ecológica de Oeiras e o PDM

IMAGEM e conteúdos documentais AQUI

Em matéria do que são mais opções em planeamento, fica uma imagem da proposta de plano, que fala por 1000 palavras.
Fui convidado como orador sobre esta revisão do PDM do Concelho de Oeiras. 
Veja-se este excerto de parte da Planta de Ordenamento no âmbito da proposta de revisão: É a prova de que vivemos num mundo em que os discursos e a prática são antagónicos. Considerando que as áreas a magenta riscado são, sem mais nem menos, novas áreas de expansão urbana previstas, sobre solos na maioria de grande qualidade e com grande potencial, e ainda para mais localizadas longe das principais interfaces de transportes, torna-se difícil de conceber que se insista no mesmo modelo que nos trouxe até aqui: Novas urbanizações, potenciação do uso do automóvel em detrimento de outros meios de deslocação, mais impermeabilização de solos e destruição para sempre de solos de elevada qualidade, ausência de continuidade ecológica e de corredores verdes, destruição dos cobertos naturais, desaproveitamento do sistema hidrológico, entre outras lacunas.
É de facto imprescindível discutir opções que terão nefastos custos para os cidadãos a prazo, caso venham a ser tomadas. Fica assim o convite, do qual destaco as seguintes frases retirados da convocatória:

"A revisão do PDM de Oeiras está em discussão pública até ao próximo dia 17 de Dezembro. Teve início em 31 de Julho de 2013, com uma única sessão pública promovida pela CMO. Até hoje, não foi realizada nenhuma outra sessão de esclarecimento para animar o debate público e aumentar o conhecimento das populações sobre as principais questões do PDM. 

A POSAM em colaboração com outras associações e movimentos cívicos de Oeiras promovem e convidam todos os munícipes interessados a participar num debate subordinado ao tema “A estrutura ecológica de Oeiras e o PDM”, a realizar no próximo dia 27 de Novembro, às 18h 30, no Centro Paroquial de Nova Oeiras."

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Portuguese project crowned best climate solution in European competition

Prado Biodiverso no Corredor Verde em Lisboa (Inverno)

Prado Biodiverso no Corredor Verde em Lisboa (Primavera)

Prado Biodiverso no Corredor Verde em Lisboa (Verão)

"A Comissão Europeia anunciou hoje o grande vencedor do concurso europeu «Um mundo que me agrada» para a melhor solução contra as alterações climáticas. O projeto português «Pastagens Semeadas Biodiversas» foi coroado vencedor do concurso por preconizar uma solução inovadora para a redução das emissões de CO2, a erosão dos solos e os riscos de incêndios florestais, aumentando simultaneamente a produtividade das pastagens." in http://world-you-like.europa.eu/en/success-stories/project-overview/sown-biodiverse-pastures-for-climate-change-mitigation-and-soil-protection/

Uma grande vitória! Um grande reconhecimento!

As pastagens biodiversas são sem dúvida uma grande ideia portuguesa, talhada para o futuro. No meio rural mas também no meio urbano.

Lisboa foi a primeira cidade a apostar em prados biodiversos em meio urbano, numa pequena área experimental de 1.0ha. Fiz muita força para se experimentar esta solução, cujos resultados são excelentes e estão à vista. 
Estes prados não necessitam de rega, são altamente estéticos e a manutenção é muito reduzida. Campeões na captação de CO2 no solo e na fixação de azoto, dispensam adubação extra. São altamente atractivos para a biodiversidade animal, designadamente insectos e aves. Acho que é uma solução a ter em conta se quisermos ter vastas áreas urbanas e peri-urbanas com qualidade, baixa manutenção e um carácter natural.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

O papel da calçada em meio urbano

Foto AQUI. O Plano de Acessibilidade Pedonal de Lisboa é um bom documento de reflexão e proposta rumo à mobilidade para todos. Hoje o peão é o parente pobre das nossas cidades, confinado a uma faixa mínima de espaço, muitas vezes estreito demais, ocupado com objetos e mal mantido. 
Mas, no meio de tantos factores que urge alterar, entendo que a calçada está a ser injustamente culpada por muitos dos factores de desconforto sentidos pelo peão. A argumentação na defesa de alternativas à calçada é louvável e é uma discussão que vale a pena ter, mas desde que assente em bons princípios. A calçada tem hoje um papel único na Cidade de Lisboa a vários níveis e convém dissecar o que tem corrido mal na calçada para melhorar e evoluir e nunca promover à partida o seu desaparecimento. 
Sobre essa discussão resolvi submenter uma participação no período de consulta pública, a qual dou conhecimento AQUI.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

O corredor verde da Ribeira de Barcarena

Nascendo na Serra da Carregueira e terminando na praia de Caxias, a Ribeira de Barcarena é mais um dos potenciais corredores verdes metropolitanos. Começando no Concelho de Sintra onde atravessa o Cacém, onde se chama de Ribeira das Jardas, entra em Oeiras pela Fábrica da Pólvora.
O vale formado por esta linha de água é quase sempre encaixado, fruto da erosão da geologia basáltica. Próximo da foz, a Ribeira furou mesmo uma antiga cratera vulcânica.
Numa visão abrangente da Área Metropolitana, a criação de corredores verdes através das principais linhas de água e vales é um aspecto fundamental para o funcionamento dos ecossistemas, com a criação de continuidade ecológica, em contraponto à criação de Parques Urbanos convencionais, cujos custos de instalação e manutenção se tornam inviáveis, e cujo conceito não responde às necessidades e aspirações das populações. 
A Ribeira de Barcarena devia ter uma estratégia integrada que a tornasse um corredor multi-funcional, assente na sua linha de água e margens requalificadas e na criação de um conjunto de valências paisagísticas que tirassem partido das actividades produtivas.

 
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