quinta-feira, 31 de março de 2011

A satisfação de um projecto que funcionou!



Os tempos são para fazer projectos como este em S.João da Rebelva, Carcavelos, no Concelho de Cascais.
Lembro-me de ter avançado com esta ideia um pouco a medo... A aceitação das pessoas e dos políticos foi total, desde a 1ª hora.

Com este exemplo que a reportagem demonstra, fica o repto a todos os meus colegas arquitectos paisagistas: façam projectos que sirvam as pessoas, ecológicos, baratos e funcionais.
Não há outro caminho!
Chega de estereótipos, de projectos que só se lêem em planta. Chega de soluções dispendiosas na construção e de manutenções incomportáveis.
Os espaços verdes sustentáveis são uma saída para a crise!

quarta-feira, 30 de março de 2011

Nós, o lixo

Imagem: "Bartoon" de 30/03/2011
 
Começo seriamente a admirar os países que consideraram "lixo" estas agências de notação financeira que escolhem alvos precisos para os predarem, chantagearem e explorarem.
Ontem a Grécia, depois a Irlanda, agora nós e amanhã a Espanha, que está já assustada. Eles sabem que são os próximos...
A Bélgica e o Reino Unido? Não, eles são "diferentes", apesar dos défices elevados!
 
Há tempos um economista avisava que estas agências tratam de forma diferente os Países do Norte dos do Sul da Europa, por razões de... "credibilidade"...
 
Desejo, mas infelizmente não espero, que Portugal um dia chame "lixo" a esta chantagem, se calhar apoiado em outros "alvos" semelhantes e que adopte uma postura "Islandesa", decidindo não pagar, por exemplo. Se tomar a decisão sózinho não conseguirá, mas se forem 3 ou 4 Países em conjunto, porque não?
Temos que começar a pensar em não fazer cimeiras em Berlim, mas sim em Atenas, Dublin ou Madrid.
 
Mas isto não desculpa claro termos que racionalizar o nosso estado, torná-lo funcional e eficiente. Não podemos, como certas sensibilidades insistem, em não querer mudar de vida, em querer manter tudo exactamente na mesma, como se nada se passasse. Para isso tivemos a URSS e o bloco de Leste.
Um dia, não havia mais dinheiro para pagar a ninguém. Caiu tudo. E foi a miséria.
 
Também sei que atitudes drásticas vão gerar turbulência nos períodos sub-sequentes.
Vai haver falhas, privações e angústias.
 
Mas, por este caminho, será diferente?

domingo, 27 de março de 2011

Fui aprender a poupar, aqui mesmo ao lado







Regressado do Velo-City 2011, em Sevilha.

Uma cidade que. em 4 anos (!) construiu 120km de infra-estrutura ciclável e que passou de 0.2% de utilização para 6.8% quotidiana. Yes, they can!

Mais do que o exemplo de Sevilha, que apesar do aumento significativo de bicicletas mantém o seu carácter rodoviário e uma má qualidade genérica do espaço público extra bairro histórico, ficou na mente os vários exemplos partilhados por muitas cidades que puxam os seus Países para cima, fazendo poupanças extraordinárias...em estradas e espaços viários!

Mais espaço público e menos carros é mais rapidez e eficiência na mobilidade.
Mais espaço público em vez de só carros é mais gente a comprar local e a revitalizar as ruas.
Mais espaço público em vez de tantos carros é mais empresas e pessoas a voltarem aos centros, é mais eficiência no planeamento, é menos subúrbios sombrios, é mais eficiência no aproveitamento de redes de infra-estruturas existentes e menos dinheiro gasto a construir novos arruamentos, novas redes de águas e drenagem, é menos despesas de manutenção.

Yes, they can! Em Espanha mais de 11.000 pessoas já trabalha diariamente em sistemas de bicicletas de uso partilhado, esperando-se que o número alcance as 78.000 até 2020.

Não haja dúvidas: equilibrar o orçamento só se faz com Cidades equilibradas, não necessariamente em cortar um pouco em tudo para que tudo fique na mesma.
Senão, podem mudar de Governos as vezes que quiserem que isto não mudará.
Eu disso não tenho dúvidas...

terça-feira, 22 de março de 2011

Não cortar as 2 pernas, nem tirar as 2 rodas, senão...

Enviaram-me este e-mail:


"Estudo do Economista Álvaro Santos Pereira,

Professor da Simon Fraser University, no Canadá. *

Portugal tem hoje 349 Institutos Públicos, dos quais 111 não pertencem ao sector da Educação. Se descontarmos também os sectores da Saúde e da Segurança Social, restam ainda 45 Institutos com as mais diversas funções.

Há ainda a contabilizar perto de 600 organismos públicos, incluindo Direcções Gerais e Regionais, Observatórios, Fundos diversos, Governos Civis, etc.) cujas despesas podiam e deviam ser reduzidas, ou em alternativa – que parece ser mais sensato – os mesmos serem pura e simplesmente extintos.

Para se ter uma noção do despesismo do Estado, atentemos apenas nos supra-citados Institutos, com funções diversas, muitos dos quais nem se percebe bem para o que servem.

Veja-se então as transferências feitas em 2010 pelo governo socialista de Sócrates para estes organismos:

ORGANISMOS

DESPESA (em milhões de €)

Cinemateca Portuguesa

3,9

Instituto Português de Acreditação

4,0

Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos

6,4

Administração da Região Hidrográfica do Alentejo

7,2

Instituto de Infra Estruturas Rodoviárias

7,4

Instituto Português de Qualidade

7,7

Administração da Região Hidrográfica do Norte

8,6

Administração da Região Hidrográfica do Centro

9,4

Instituto Hidrográfico

10,1

Instituto do Vinho do Douro

10,3

Instituto da Vinha e do Vinho

11,5

Instituto Nacional da Administração

11,5

Alto Comissariado para o Diálogo Intercultural

12,3

Instituto da Construção e do Imobiliário

12,4

Instituto da Propriedade Industrial

14,0

Instituto de Cinema e Audiovisual

16,0

Instituto Financeiro para o Desenvolvimento Regional

18,4

Administração da Região Hidrográfica do Algarve

18,9

Fundo para as Relações Internacionais

21,0

Instituto de Gestão do Património Arquitectónico

21,9

Instituto dos Museus

22,7

Administração da Região Hidrográfica do Tejo

23,4

Instituto de Medicina Legal

27,5

Instituto de Conservação da Natureza

28,2

Laboratório Nacional de Energia e Geologia

28,4

Instituto de Gestão do Fundo Social Europeu

28,6

Instituto de Gestão da Tesouraria e Crédito Público

32,2

Laboratório Militar de Produtos Farmacêuticos

32,2

Instituto de Informática

33,1

Instituto Nacional de Aviação Civil

44,4

Instituto Camões

45,7

Agência para a Modernização Administrativa

49,4

Instituto Nacional de Recursos Biológicos

50,7

Instituto Portuário e de Transportes Marítimos

65,5

Instituto de Desporto de Portugal

79,6

Instituto de Mobilidade e dos Transportes Terrestres

89,7

Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana

328,5

Instituto do Turismo de Portugal

340,6

Inst. Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação

589,6

Instituto de Gestão Financeira

804,9

Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas

920,6

Instituto de Emprego e Formação Profissional

1.119,9

TOTAL.........................

5.018,4

- Se se reduzissem em 20% as despesas com este – e apenas estes – organismos, as poupanças rondariam os 1000 milhões de €, e, evitava-se a subida do IVA.

- Se fossem feitas fusões, extinções ou reduções mais drásticas a poupança seria da ordem dos 4000 milhões de €, e não seriam necessários cortes nos salários.

- Se para além disso mais em outros tantos Institutos se procedesse de igual forma, o PEC 3 não teria sequer razão de existir."

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Não posso deixar de criticar o "menu" de cortes que aqui são propostos!

É o perigo de deixar os economisrtas gerir o País (sózinhos): Corta-se a direito! 20% aqui, funde-se ali e já está, poupa-se logo "xx" milhões! Está resolvido, que simples!

O problema está em que há sitios em que se deve cortar 20%, outros deve-se extinguir mas há outros em que é inevitável aumentar.

Ninguém tem dúvidas que há "gorduras" no Estado. Mas não podemos deixar que o contexto de dificuldades permita uma "agenda" de cortes cegos.

Faz lembrar o poster do BE em que, muito bem, se percebe que se cortarmos 20% de uma bicicleta, no caso as 2 rodas, os 80% que restam pura e simplesmente não funcionam. Será que é isso que alguns pretendem?

IMAGEM AQUI













domingo, 20 de março de 2011

Playtimes - Jacques Tati, em Lisboa






Quando vejo o que fizeram na Avenida Fontes Pereira de Melo, entre o Marquês de Pombal e o Saldanha, como este edifício o demonstra (será em Lisboa? Será noutro sítio qualquer?), para não chorar de tristeza lembro-me sempre de Playtimes - Jacques Tati (1967) onde uma feroz e hilariante crítica ao Modernismo saiu de um dos melhores filmes que alguma vez vi.

Quando os Engenheiros se tornam criativos?

Ou então foi mesmo uma questão de gosto...ou de verba! Ou as duas coisas!

(Quinta do Lambert - Lisboa)


quinta-feira, 17 de março de 2011

terça-feira, 15 de março de 2011

Ferrel 1976 - 2011: 35 anos contra o Nuclear

Foto: Prof. Delgado Domingos, o rosto principal da luta em Ferrel AQUI

 

"Nuclear em Portugal? Não, mais do que nunca!

A propósito do acidente nuclear de Fukushima, no Japão

À enorme tragédia que já era o sismo e tsunami ocorrido há poucos dias no Japão, veio somar-se a perigosa situação desencadeada na central nuclear de Fukushima, ao norte de Tóquio (e, em menor escala, noutras centrais). Todos desejamos que os danos sejam o mais possível controlados e contidos. Infelizmente, a situação parece estar a agravar-se. Seja como for, este é já o acidente nuclear mais grave desde a explosão de 1986 em Chernobil (Ucrânia).

Nos últimos anos, é recorrente em Portugal, por parte de um lóbi bem organizado e com interesses ligados à poderosa indústria nuclear francesa, a tentativa de investir de uma pretensa respeitabilidade a produção de energia em centrais nucleares, tentando assim fazer passar por actual uma tecnologia já várias vezes rejeitada com clareza pelo País.

A Campo Aberto, inserindo-se na tradição inequívoca (que remonta aos anos 1970) do movimento ecológico universal e do movimento ecológico e ambiental português, tem desde a sua fundação em 2000 tomado posição clara ao lado do movimento antinuclear e a favor das energias verdadeiramente alternativas e de baixo impacto. Em 2006, a Campo Aberto teve mesmo um papel muito activo na comemoração dos 30 anos da recusa, pelo povo de Ferrel (Peniche), da suposta primeira central nuclear portuguesa. Que, felizmente, nunca saiu do papel – e que nunca de lá deverá sair.

Uma das falsidades que nos têm querido impingir é a suposta segurança das centrais nucleares. O acidente de Fukushima é apenas mais um indício, dos numerosos existentes, de que se trata tão só de uma falsidade. Se, em regiões sísmicas como as do Japão (ou o sul de Portugal?) é mais evidente a loucura de recorrer a centrais nucleares, elas comportaram desde sempre, e continuam a comportar, seja qual for a região onde se instalem, riscos intoleráveis das mais diversas ordens.

Embora haja diferenças, inclusive em matéria de segurança, entre as sucessivas gerações de reactores, trata-se de uma tecnologia, como todas, falível. Só que nenhuma outra, em caso de falha grave, sempre possível, comporta consequências de tal magnitude e escala. Sair do nuclear, reclama-se em voz bem alta em França, em Espanha e na Alemanha. Nem sequer entrar nele em Portugal, é a única atitude à altura do perigo em causa.

Em 26 de Abril próximo terão decorrido 25 anos sobre o acidente de Chernobil. Decorrem também este ano, a 15 de Março, 35 anos sobre a rejeição do nuclear pela aldeia portuguesa de Ferrel. Momento oportuno para repetir: Nuclear em Portugal? Não, mais do que nunca.

Campo Aberto – associação de defesa do ambiente"

Então, estavam aí caladinhos era?

"Pedro Sampaio Nunes diz que centrais no Japão resistiram bem ao sismo"


"Projecto nuclear português pode ser reapresentado em futuro Governo"

in http://www.publico.pt/Mundo/projecto-nuclear-portugues-pode-ser-reapresentado_1484747#

"O projecto de construção de uma central nuclear em Portugal, apresentado pelo empresário Patrick Monteiro de Barros ao Governo de José Sócrates em 2005, poderá ser recolocado sobre a mesa num futuro próximo, apesar do acidente da central de Fukushima, no Japão."

IMAGEM AQUI

segunda-feira, 14 de março de 2011

Governo prepara redução do IVA para o golfe !

 
Para quem acha que o Governo não é sensível aos mais fragilizados e às actividades produtivas do País, para além de ter facilitado o "progresso" generalizando os PIN+ a todo e qualquer investimento acima de 10ME, eis que finalmente uma medida muito concreta é tomada!
 
Que grande tacada, digo, mas que grande medida!
É uma ajuda para pagar a enorme conta da água e fertilizantes que os relvados necessitam!
Uma ajuda a um desporto nacional, que envolve as camadas mais jovens e as afasta das drogas e da toxicodependência nos bairros mais desfavorecidos!
 
Com medidas destas, o que é que Pedro Passos Coelho ainda poderá fazer se um dia chegar ao Governo?

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sábado, 12 de março de 2011

Sim, o Nuclear não é mesmo uma solução energética viável II

Japão: acidente nuclear é o pior desde Chernobil

NOTÍCIA AQUI

A explosão foi classificada pela Agência Segurança Nuclear e Industrial japonesa como um acidente nuclear de nível 4 – numa escala de 1 a 7. O acidente de Three Mile Island em 1979, nos Estados Unidos, teve nível 5 e a catástrofe de Chernobil, em 1986, na ex-URSS, chegou ao nível 7.
O Governo japonês afirma que a acidente está controlado.
O acidente deu-se às 15h36 (6h36, hora de Lisboa), fez quatro feridos leves e lançou o pânico de que um incidente parecido com o de Chernobil se repetisse no Japão.
Mas um porta-voz do Governo garantiu que as radiações estavam a baixar e que a explosão não tinha afectado o núcleo do reactor. “A segurança dos nossos concidadãos é a prioridade que guia as nossas acções”, declarou o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, ao final da tarde.
A central fica na costa Leste do país, 250 quilómetros a nordeste de Tóquio. O sismo causou uma avaria no sistema de refrigeração na central e um corte de electricidade impediu a recuperação deste sistema, permitindo que os bastões de combustível continuassem a aquecer, aumentando a pressão interna no reactor.
A empresa japonesa Tokyo Electrical Power Co, que gere as instalações, tentou reduzir alguma desta pressão libertando vapor radioactivo. Mas não foi o suficiente para impedir a explosão que destruiu o tecto do edifício do reactor principal. A televisão japonesa NHK anunciava ontem que o nível da radioactividade fora da central era oito vezes superior ao normal.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Sim, o Nuclear não é mesmo uma solução energética viável

Para quem insiste defender que as centrais nucleares "muito modernas" são muito seguras e muito limpas, esquece-se sempre que há momentos em que tudo pode mesmo não funcionar!
E esse 0,000001% de probabilidade pode custar o Planeta!
Estou farto desse lobby nuclearista até aos cabelos. Mais ainda quando estas coisas acontecem...
 
11 de Março de 2011
"O Japão decretou estado de emergência porque se avariou o sistema de refrigeração de uma central nuclear, a de Fukushima, devido ao sismo de 8,9 na escala de Richter e ordenou a retirada de 2800 residentes na área em torno da central."
 
 
IMAGEM DA CENTRAL DE CHERNOBYL AQUI
 
 

terça-feira, 8 de março de 2011

domingo, 6 de março de 2011

Pão e água


"A Associação Portuguesa de Nutricionistas (APN) alerta que as frutas e legumes podem ser os primeiros excluídos da dieta dos portugueses."

NOTÍCIA AQUI

IMAGEM AQUI


A brincar, sobre este assunto:

Dirá o optimista:
- "a continuarem assim as coisas ficaremos a pão e água."
Responde o pessimista:
- "se os houver"


Agora num registo sério:
É fundamental que sejam implementadas as condições para que possamos cultivar a terra e produzir alimentos.
Nas Áreas Metropolitanas esse assunto ganha especial dimensão, dado que milhões de pessoas dependem de abastecimento por transporte do exterior.

Nota: Passei ainda hoje pela extensa área de solos agrícolas absolutamente excepcionais em matéria de fertilidade e que coroam a parte norte do Concelho de Oeiras e onde nascem edifícios de escritórios, estradas, candeeiros e campos de golfe, no que considero ser um dos exemplos mais escandalosos em Portugal da falta de visão estratégica, da ausência de planeamento e da falta de decência de um Estado inteiro, sempre apto a promover um discurso de sustentabilidade mas muito rápido a agir no sentido contrário.

FOTO AÉREA GOOGLE MAPS
 
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