domingo, 28 de fevereiro de 2010

Carta a Pedro Marques Lopes

Caro Dr. Marques Lopes,

Sou Duarte d´Araújo Mata.
Não me conhece, mas pelo seu perfil público tomo a liberdade de o contactar via e-mail.

Costumo acompanhar com atenção a sua argumentação no "Eixo do Mal" com muito interesse. Penso que tem boa presença e consegue explanar bem as suas ideias e opções. Pelo menos até ontem dia 27/02/2010.

Ontem, perante a discussão do tema das cheias da Madeira, e perante variada informação que agora vem a público sobre a catástrofe "anunciada", refere o Dr. Pedro Marques Lopes que não são "meia dúzia" que aparecem "agora"que vão contrariar a ideia que tem que o Dr. Alberto João Jardim costuma "decidir normalmente bem".
Custa entender esta sua argumentação! Tem a impressão que Jardim decide bem? Perante factos objectivos, em vez de ponderar essa crença, põe em causa os tais factos?
Não só não são "meia dúzia" os técnicos e políticos que isto vêm alertar como não aparecem agora apenas depois da catástrofe. Já antes falavam nesta questão, como o programa "Biosfera" da RTP em 2008 é disso exemplo. Antes da catástrofe. Muito antes. Há outras fontes para além deste Programa, como muito bem sabe, designadamente um conhecido artigo, recentemente revelado, de um silvicultor já falecido, Cecílio Gomes da Silva, no DN da Madeira em 1985.

O desrespeito ambiental não são crenças. São coisas mensuráveis! E têm repercussões sempre dramáticas, inclusivé ao nível económico.

Se há coisa para que esta catástrofe poderia servir seria para lançar de vez a discussão deste flagelo que é o desordenamento do território. Seria mais importante que negar o que aconteceu ou julgar que é devido a chuvas intensas somente ou tentar reduzir a um debate "político" irrelevante e inconsequente.

Até hoje nunca tinha reparado qualquer posicionamento seu assente na crença contra a explicação ou pelo menos a justificação da ponderação de argumentos.
E fiquei muito desiludido, acredite. Pelo precedente.

Deixo-lhe outra fonte de inspiração, de alguém que apareceu muito antes desta e de outras catástrofes semelhantes em Portugal: Gonçalo Ribeiro Telles:

http://bioterra.blogspot.com/2009/06/arquitecto-goncalo-ribeiro-telles-em_6603.html


Compreenda o meu à vontade de o contactar,
Aceite os meus cumprimentos
Duarte d´Araújo Mata
Arquitecto Paisagista

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Está quase, em Carcavelos

Na Rebelva - Carcavelos, está quase pronto o projecto que coordenei com uma equipa de vários colegas, a Ana Paiva, a Inês, o Rui, A Marta e o Fernando, que foi gerido na fase projectual pela Câmara Municipal de Cascais e construída depois pela EMAC.

Após meses de projecto e vários meses de obra, o resultado agrada-me! Trata-se de uma intervenção de requalificação dos espaços exteriores, infelizmente quase sem tocar nas ruas e no espaço viário de forma a reduzir a velocidade automóvel, que introduz fortemente os conceitos da racionalização da manutenção como ponto de partida para o desenho de projecto. Ou seja, as opções de projecto assentam em pressupostos de poupança de água, maior resistência da vegetação e dos materiais e na possibilidade de redução drástica de homens/hora na manutenção.

Através da criação de remates orgânicos que resolvem os pisoteios, o espaço define e trabalha as áreas de recreio activo através de um campo de jogos tradicionais, um campo de futebol em relva, e formaliza a maioria das áreas relativas a zonas verdes de enquadramento.

Há áreas de pracetas intimistas, onde as pequenas estadias e a vegetação mediterrânica tocam a casa e chamam à conversa dos vizinhos.

Há também pracetas que miram a Paisagem a Nascente. Há um percurso pedonal e ciclável norte-sul que permite um atalhar para a estação de comboios. Finalmente, um espaço de hortas comunitárias, uma das minhas grandes esperanças nesta intervenção, que tem gerado enorme interesse dos futuros interessados.


Está quase pronto!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Mas que "abutre"!...

Para o geógrafo Raimundo Quintal, "mais laurissilva significará menor risco de aluvião" e a recuperação da floresta indígena, para além dos benefícios no domínio da biodiversidade, garantirá uma maior infiltração de água e uma protecção mais eficaz dos solos. Além disso, para minimizar os efeitos das cheias, diz ser necessária uma gestão cuidada dos canais de escoamento e políticas urbanas que impeçam a instalação de explorações agrícolas, habitações e armazéns nos leitos de cheia. Até porque "parte do que agora aconteceu é o resultado de 33 anos de Madeira "nova" - uma Madeira sem modelo, sem planeamento e governada para ganhar eleições".

--
Duarte d´Araújo Mata

De um "abutre" para Alberto João Jardim

Depois de ter assistido ontem apenas a 2 minutos da entrevista de Alberto João Jardim à jornalista Judite de Sousa na RTP, fiquei a saber que pertenço ao grupo dos "abutres" e do grupo dos que tenta deitar abaixo a obra "bem feita" da "autonomia" para aproveitamentos políticos.
 
Fiquei a saber que só as ditas obras da "autonomia" ficaram de pé (excepto algumas pontes, estradas, casas e caves de centros comerciais)...
 
Foi a Madeira de Alberto João Jardim que ficou a nú com a enxurrada.
 
Via "Âmbio", fica uma proposta do programa "Biosfera" da RTP que dedico inteiramente a Alberto João Jardim. Não que ele precise deste material porque também já o vi nestes dias a decidir, em frente aos Media, mais um viaduto. Mas pelo menos para todos quantos vivam e trabalhem na Madeira poderem saber que há "outros" caminhos para o progresso.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

(Via âmbio): O Profeta e a Madeira

"(...)
O Presidente do Governo Regional, evidentemente nega qualquer responsabilidade, atribuindo toda a situação ás brincadeiras de deuses aborrecidos. Quem critica é obviamente «canalha» e «gente frustrada»: http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=163722

Via Arrastão, deixo uma parte de um texto escrito pelo Eng. Silvicultor Cecílio Gomes da Silva no "Diário de Notícias" da Madeira .

"Oxalá que nunca se diga que sou profeta. Mas as condições para a
concretização do pesadelo existem em grau mais do que suficiente.

Os grandes aluviões são cíclicos na Madeira. Basta lembrar o da Ribeira da Madalena e mais recentemente o da Ribeira de Machico. Aqui, porém, já não é uma ribeira, mas três, qualquer delas com bacias hidrográficas mais amplas e totalmente desarborizadas. Os canais de dejecção praticamente não existem nestas ribeiras e os cones de dejecção etão a níveis mais elevados do que a baixa da cidade. As margens estão obstruídas por vegetação e nalguns troços estão cobertas por arames e trepadeiras. Agradável à vista mas preocupante se as águas as atingirem. Estão criadas todas as condições, a montante e a jusante para uma tragédia de dimensões imprevisíveis (só em sonhos)."

13 DE JANEIRO DE 1985

texto completo:
http://arrastao.org/sem-categoria/oxala-que-nunca-se-diga-que-sou-profeta/
(...)"

Parte da nossa vida é uma Password

Não tinha ainda passado por esta sensação estranha que é ter uma boa parte da nossa vida associada a um mundo virtual.
Talvez uma espécies de "second life".
A verdade é que à medida que vamos construindo o nosso universo "Google", associando mails, perfis, documentos, backups, históricos, sites, blogs, etc, uma coisa é certa: convém conseguir entrar neste nosso mundo!
Caso não o consigamos, a sensação é mais ou menos semelhante a vir à rua em roupa interior (nunca o faria!) pôr o lixo e deixar fechar a porta de casa com a chave lá dentro e pensar que só de manhã conseguiriamos voltar a entrar!
O "Google" é uma instituição que está presente nas nossas vidas mas não tem um balcão, um rosto, uma morada. Como diria o outro: " anda por aí".
Enviamos um mail de ajuda e esperamos dando um mail alternativo. Preenchemos formulários e esperamos. Recusam-nos a chave de casa. Insistimos em provar que a casa em nossa. Pedem-nos que descrevamos a nossa gaveta, que digamos quantas camisas temos e quantas têm gola. Descrevemos. Eles sabem o que temos na nossa gaveta da roupa e vão investigar de forma automática. Recusam. Perguntam-nos quando comprámos as camisas. Não me lembro bem. Mas eles sabem! Deito-me angustiado com a ideia de ter morrido uma parte de mim inesperadamente, sem avisar, a 23 de Fevereiro de 2010.
Durmo ao frio na rua com a roupa do corpo. Dormir na rua é incómodo e o sono demasiado leve e sobressaltado.
Acordo de manhã. Vejo no mail alternativo que, depois de várias insistências, admitem que a casa é minha!
Dão-me uma nova chave e tudo!
Abro a porta e entro. Está lá tudo!
Tomo banho, visto-me, desfarço as olheiras e saio para o trabalho.
 
Afinal, ainda não foi ontem.

--
Duarte d´Araújo Mata

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Ainda as linhas de água, mas agora em Lisboa

Créditos da fotografia:
 
Rua de São José, em Lisboa, na manhã de 23 de Fevereiro de 2010, conforme assinalado em:
 

Descrição objectiva, realista e crua sobre um curso de uma ribeira regularizada

"(...) Quando viu que a chuva torrencial não parava, Micaela foi para a varanda, nas traseiras, ver se a ribeira enchia. Achou estranho o que viu. A ribeira estava de repente a ficar com menos água. Foi então que ouviu um estrondo enorme, do lado da porta principal. A onda gigante vinha pela estrada. "Era uma vaga mais alta do que eu, trazia um carro com ela. O carro embateu naquele muro e ficou ali, a andar à roda".

Micaela gritou pelo marido, que estava em frente, na oficina de automóveis de que é proprietário: "Ai que ficamos sem casa!" Dinarte chegou a tempo de tentar fechar os portões. "Ficámos aqui com as vassouras, a enxotar, a enxotar", diz Micaela. A água, numa decisão rápida e inesperada, virou então à direita, colada à parede da casa, derrubando muros e terras. Descarnou os pilares do edifício, galgou os quintais, encosta abaixo, até se juntar de novo à ribeira que corre no fundo. (...)"
 
in
 

A nossa Justiça!

Afinal a justiça funciona.
Para quê tanto alarido?
Um colectivo de juízes e tudo!.....
 
"O tribunal absolveu ontem o jovem acusado de roubar um saco de amêndoas (no valor de dois euros), ainda que este tenha admitido o furto. O Ministério Público (MP) acusou o jovem "Ganita" de agressão a uma funcionária, facto não provado em julgamento. O arguido furtou, sim - concluiu o tribunal -, o artigo, mas o supermercado nunca apresentou queixa. "É pena que o MP e o tribunal tenham gasto tanto dinheiro com isto", sublinhou a defesa, que, na semana passada, questionou o facto de este caso ter mobilizado um colectivo de juízes."
 

domingo, 21 de fevereiro de 2010

É quando não chove que os culpados se distinguem

Créditos da Imagem:
http://www.ionline.pt/ifotogaleria/47717-30979-madeira-centro-comercial-destruido-possibilidade-mortos-no-estacionamento-


Quando escrevo estas linhas, o balanço provisório da catástrofe Madeirense vai em 40 mortos confirmados.
Há inúmeros desaparecidos pelo que se teme que este número possa crescer.

Os tempos agora são de enterrar os mortos e tratar dos vivos. Mãos à obra e todos unidos.
Mas quando vejo as imagens na televisão, não posso deixar de me revoltar. Uma revolta que abafo na hora nesta hora de enterrar os mortos, mas que é preciso tratar dela quando tudo serenar.
É a revolta de quem vê as ribeiras a transbordarem os leitos e levarem vidas humanas e bens materiais.
É a revolta de quem ouve Joe Berardo e o Presidente da Câmara do Funchal em uníssono dizerem que vir acusar os poderes Madeirenses de má gestão urbanística é de gente "sem formação nesta área"!

Nem seria preciso ter grande formação para saber perceber os erros, ao ver leitos de cheia outra vez a céu aberto, ver casas a ruir com a força das águas, ver estradas em zona proibida a desaparecer. Há caves de centros comerciais submersas.

No momento em que isto acontece, Autarcas de várias Câmaras Municipais da Área Metropolitana de Lisboa disparam contra a CCDR-LVT pelo PROTAML (Plano Regional de Ordenamento da Área Metropolitana de Lisboa) vir propôr "corredores vitais" em áreas já com "compromissos urbanísticos".
É por falta de corredores vitais que uma cheia excepcional faz mais ou menos estragos.
Aos técnicos e autarcas que querem construir em corredores vitais, há que fazê-los olhar agora nos olhos da Sociedade (e da Justiça) para quando as desgraças acontecerem sabermos logo com quem devemos ir falar.

É quando não chove que os culpados se distinguem.

Nota Final: a chuvada da Madeira foi excepcional e imprevisível, apesar de ter havido um aviso de alerta vermelho através das imagens de radar. Terá sido a chuvada dos 100 anos.
Haveria sempre estragos avultados provocados por esta ocorrência.
O que está em causa não é a força dos fenómenos naturais, contra os quais não podemos fazer nada, mas sim a dimensão dos prejuízos humanos e materiais que só acontece pela gestão humana do território.
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Duarte d´Araújo Mata

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Bicicletas IKEA!

Grande iniciativa no IKEA na Dinamarca.
Bicicletas gratuitas para transporte de volumes.
Na loja de Alfragide é impressionante o congestionamento no acesso e saída de veículos aos fins de semana, que levou já a ampliação do parque de estacionamento.
Era uma excelente ideia melhorar o acesso da Loja IKEA de ALFRAGIDE a Algés e para norte Á zona de Benfica, a meu vêr através da requalificação de toda a Ribeira de Algés, que é linha de menor declive em toda a área.

http://www.copenhagenize.com/2008/06/ikea-idea-with-velorbis-bikes.html

Vou de imediato sugerir isso mesmo ao IKEA através de um e-mail.
O retorno seria enorme para a empresa que goza, apesar de tudo, de uma imagem ambientalmente amigável




Bicicletas de Lisboa já marcam pontos na Dinamarca



http://www.copenhagenize.com/2010/02/bicycles-and-poetry-in-lisbon.html

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Mega-Asneira = Alqueva: A saga contínua!

Agora, depois da mega-barragem, dos mega-custos de construção, da mega-destruição de biodiversidade, da mega-porcaria que é a qualidade daquelas águas, agora vamos continuar a suportar este mega-disparate com os nossos impostos para o custo da água...!
 

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Sabões de Azeite

A minha amiga Sara Domingos criou estes fantásticos sabões de azeite, na Baixa de Lisboa!

www.saradomingos.blogspot.com

O Ambientalismo e as Anti-Touradas

Não resisto a divulgar um excerto de um debate que está a decorrer na "mailing list" da "Âmbio", entre uma defensora dos direitos dos animais e um ambientalista (Henrique Pereira dos Santos - HPS). A linguagem de HPS é directa e no limite do aceitável, mas como se trata da blogosfera, é no limite mas considero que "está dentro".
 
O que acho mais relevante, e daí a minha eleição, é o facto de na "Ambio" haver com frequência inúmeros activistas contra as touradas. HPS já tinha ameaçado rebater esta argumentação e aproveitou muito bem um deslize de intolerância, infelizmente típico já percebi, por parte desta activista.
 
A posição de HPS quanto às touradas é absolutamente correcta, do meu ponto de vista. As touradas geram o touro de lide, o touro de lide permite a existência de um fantástico ecossistema, riquissimo do ponto de vista da biodiversidade, como se sabe.
 
Diria mais: As touradas, sendo até discutível do ponto de vista cultural (não vou perder tempo com isso, não as frequento sequer), são isso mesmo, uma manifestação cultural. Em Espanha, a Praça de touros era frequentemente um espaço onde o animal era morto para ser comido em inúmeros estabelecimentos em redor da mesma. Não havia frigoríficos, era assim que se comia carne fresca, no local, na hora, sem transporte, em comunidade.
O afastamento de uma sociedade cada vez mais "urbana" da realidade natural é que permite olhar para a tourada de forma incrédula, como se olha para um campo de girassois maduros dizendo que estão..."secos e murchos". Os "urbanos", tantas vezes desfazados dos ciclos naturais, gostam da Natureza domesticada, dos relvados "verdinhos" todo o ano, da natureza sim mas "fofinhosa e felpuda", se possivel sem bicharada.
 
Quanto aos animais, preocupa-me muítíssimo aviários e suiniculturas sobrelotadas, cheias de antibióticos, onde os animais nascem, crecem e morrem sem vêr a luz do dia, prontos a serem abatidos directamente para o nosso prato, em qualquer "shopping" aqui ao pé.
 
Preocupam-me as fábricas de salsichas, as febras de porco a 1,50EUR/Kg que se com grande probabilidade descarregaram os seus "milagres" ribeira abaixo para manter o preço baixo.
 
Preocupa-me muito os circos com animais e os Jardins Zoológicos em que, ao invés de mostrarem filmes de leões a correr na selva em tempo real num plasma, optam por capturá-los e colocá-los atrás das grades, infelizes e imóveis, para os "urbanos" verem, como no tempo do Julio Verne.
 
Parabéns ao Henrique Pereira dos Santos pela sua capacidade e fontalidade nesta questão.
 
 
 
"(...)
 
"Para além disso, diz-me também que as touradas são boas para o touro"

 

HPS: Cristina, não torça os argumentos dos outros. Os touros existem enquanto produto do homem e a razão pela qual o homem os produz é usá-los em touradas. Em consequência, não havendo touradas provavelmente não haverá touros. É isso um drama? Não, é uma perda de diversidade biológica que por si só não é dramática. Tem vantagens ambientais (não é para os touros, é para os outros) acabar com os touros? Não, tem prejuízos porque diminui a sustentabilidade económica de um sistema de elevada biodiversidade. É isso inaceitável? Não, se as pessoas assim quiserem pois que seja, mas não vale a pena argumentar com questões ambientais porque as questões ambientais vão no sentido de favorecer as touradas e não no sentido de as desaconselhar. Mas como as questões ambientais não são tudo na vida, pode optar-se por acabar com as touradas por outras razões, igualmente legítimas. O que é ilegítimo é querer convencer as pessoas com argumentos falsos, como sejam os de que é por razões ambientais que se é contra as touradas.

 

"e os caçadores os melhores amigos do ambiente, os quais devemos acarinhar para nunca desistirem dessa nobre actividade."

 

HPS: Tem a certeza que me viu dizer isso? Onde?

 

"Eu devia ter desconfiado quando entrei num blog supostamente de cariz ambiental para comentar um artigo que ataca os defensores do direito à vida, chamando-lhes "gente perigosa", animalistas, fanáticos, dogmáticos, extremistas, fundamentalistas."

 

HPS: Por estranho que possa parecer à sua cabecinha cheia de certezas, no blog escrevem pessoas que têm visões totalmente opostas sobre esse assunto. Portanto critique o Gonçalo, que é quem assina o post, pelas suas posições, mas não vale a pena generalizar para o blog porque o Blog não tem posição definida nem agenda própria: tem pessoas que escrevem sobre ambiente e áreas conexas, com perspectivas muitas vezes divergentes. No blog existem opiniões assinadas, não existem argumentários de suporte a agendas.

 

"E nem sequer foi por alguém ter dito que um verdadeiro ambientalista não pode comer carne se quiser ser coerente (os dados sobre o impacto ambiental da indústria da carne que é, de longe a maior responsável pelas emissões de carbono e consumidora de recursos naturais são da ONU, não fui eu que inventei);"

 

HPS: O impacto ambiental do consumo de carne depende da forma como é produzida. A criação extensiva e a caça são das menos impactantes formas de obtenção de carne. Em qualquer caso verá  em vários posts sobre isso uma notável unanimidade de opiniões sobre a necessidade de reduzir o consumo de carne (e peixe, já agora).

 

"o que até seria compreensível para ambientalistas de mesa de café, que se auto-congratulam por terem substituído as lâmpadas incandescentes em casa e vão ao fim de semana para o campo lambuzarem-se com sanduíches de courato."

 

HPS: Se for de porcos de montanhiera criados em liberdade (relativa, naturalmente) ou de javali criados em liberdade (efectiva) qual é a questão ambiental que lhe levantam as sanduíches de courato? É claro, nisso penso que estamos de acordo, se o courato for usado numa feijoada, numa favada ou num rancho é preferível porque é muito menor o consumo de carne.

 

"Não, foi por causa das touradas."

 

HPS: Esta enganada. Foi porque a Manuela Soares defendeu que não há nada a discutir sobre touradas porque os direitos não se discutem e o que era pouco sensato perguntar às pessoas o que acham proque são umas ignorantes. Esta é a questão central, não as touradas.

 

"É que alguns ambientalistas sentem-se muito à frente por o ambiente estar na moda, mas de facto o seu meio é o das touradas, da caça, da pesca, enfim, do desrespeito absoluto por outras formas de vida."

 

HPS: Não vou a touradas, não caço, não pesco. E daí?

 

"Acho bem que continuem fechados num blog a afagarem os egos uns dos outros e a sentirem-se superiores, só porque sim."

 

HPS: Se há alguém que abusa do discurso da superioridade moral são os activistas dos direitos dos animais, como é bem visível neste seu último mail, e mais ainda no mail da Manuela Soares que deu origem a esta discussão (que era sobre a legitimidade de minorias imporem os seus pontos de vista com base na sua suposta superioridade moral, não era sobr touradas).

 

"Ah, é verdade, e a serem muuuuito tolerantes. Mas só para alguns, claro, que a tolerância é um bem precisoso que não se pode desperdiçar com quem não o aprecia. Tolerantes para aqueles que não os confrontam com as suas incongruências nem os tiram da sua zona de conforto e os fazem pensar."

 

HPS: Está a ver como eu sou tolerante. Nem vou explicar-lhe como esta sua frase final é de uma arrogância que só tem explicação na sua convicção profunda da superioridade moral dos seus valores. Os mesmos que levam Peter Singer a defender a eutanásia (embora se tenha refugiado na tutela partilhada com a irmã para não ter posição definitiva em relação à mãe com Alzheimer) ou a morte das crianças nascidas com o que ele considera pouca capacidade para ter uma vida com qualidade, substituindo-as os pais por outras mais saudáveis. E apesar de ser este o seu sistema de valores eu abstenho-me de o qualificar moralmente. Porque acho que tem o direito de ter esse sistema de valores desde que não mo queira impôr a mim."



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Duarte d´Araújo Mata

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Os limites da Liberdade

Os limites da Liberdade

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Alcácer em alta

Começo a ficar seriamente fã desta terra.
Começa a ser uma tradição sair da A2 para uma pausa repousante (e gastronomicamente interessante), pousando a vista numa terra que soube manter-se "small is beautifull" e que tem sabido re-inventar-se, com os pés assentes na requalificação do seu casco antigo, na ligação com o rio e com um turismo de qualidade.
Vale a pena ir a Alcácer do Sal!

Controlo dos Media?

Vital Moreira em:

http://causa-nossa.blogspot.com/2010/02/liberdade-de-imprensa.html


e em:

http://causa-nossa.blogspot.com/2010/02/o-plano.html

Também já me tinha perguntado se este Governo controla realmente alguma comunicação social: Qualquer jornalista, comentador diz o que entende sobre o Governo e sobre o Primeiro-Ministro, quantas vezes sem provas e sem direito ao contraditório, isto em qualquer jornal, em qualquer rádio e em qualquer TV.
Não digo que não houvesse eventuais "vontades" pelo controlo, mas é quase indesmentível que este Governo não controla nem nunca controlou nada nem ninguém até hoje.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Sevilha e as bicicletas



Uma discussão no Blog Menos um Carro (http://menos1carro.blogs.sapo.pt/205539.html#comentarios) levou-me a recordar uma visita a Sevilha à cerca de 1 ano, onde vi um elevado número de ciclistas na rua, para o qual contribui a grande zona condicionada aos carros em todo o bairro de Stª Cruz e bairros centrais adjacentes, bem como uma incisiva rede de percursos dedicados que cortam a cidade central 5 ou 6 vezes, tornando possivel criar corredores fluídos e reconhecíveis pelos utilizadores. Com o sistema de bicicletas de uso partilhado a funcionar, verifica-se um uso de bicicletas no dia-a-dia que não havia antes.
"Fraquito" é o crescimento urbano e as muitas novas rodovias em todas as áreas de urbanização recente, cujo aumento de tráfego poderá trair e comprometer o uso da bicicleta a prazo em toda a cidade.





sábado, 13 de fevereiro de 2010

Ponto Contra Ponto na SIC Notícias: Quando Pacheco Pereira fala sózinho numa comunicação social livre e democrática

Pacheco Pereira queixa-se do estado da democracia, fala sempre da asfixia, do controlo dos média.
No seu programa aos Domingos, Pacheco fala sozinho, sem contraditório, comentando com "democracia" e com o seu ponto de vista (imparcial) o que foi notícia na semana.

Mais um problema por resolver de défice democrático e de falta de contraditório?

http://www.marktest.com/wap/a/n/id~13cc.aspx

A minha apresentação "Espaços Verdes Sustentáveis"

Disponibilizo o link da minha apresentação, que fiz na passada 5feira dia 11 de Fevereiro, na Agência Municipal de Energia e Ambiente de Lisboa:

http://lisboaenova.org/index.php?option=com_mtree&task=viewlink&link_id=550&Itemid=176

Uma boa assistência, um período de debate interessante no final.

Fica a pergunta final: Será que com uma crise económica e ambiental, o modelo de implementação e gestão dos espaços verdes se manterá inalterado:
- despesista / economicamente inviável,
- formalista / estético;
- desfuncional;
- ambientalmente pouco sustentável;
- socialmente pouco útil?

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Ana Gomes não esteve pelos ajustes!

Eu não sei quem é esse tal Rui Pedro Soares, o boy sem cv que aos 32 anos foi alçado a administrador-executivo da PT pelo Estado, a ganhar escandalosamente mais num ano do que o meu marido ganhou em toda a vida, ao longo de 40 anos como servidor do Estado nos mais altos escalões.
Socialista encartado, dizem. Será, nunca dei por ele, que eu saiba nunca sequer me cruzei com ele.
Fraquinho no descernimento é, de certeza. Porque se não quis encalacrar os socialistas, foi exactamente isso que logrou ao accionar uma providência cautelar para impedir a saída do jornal SOL com mais escutas das suas ruminações telefónicas, justamente numa semana em que os socialistas procuraram desmentir quem clamava contra a falta de liberdade da imprensa.
E se investiu para abafar o jornal, a criatura tambem não percebeu que, ao contrário, projectava ainda mais longe a radiação solar.
Com bóis destes, para que servem ao PS os boys?

--
Duarte d´Araújo Mata

Estou velho, velho, velho!!....

Ontem no metropolitano, nos bancos ao lado do meu, um grupo de 3 míudos adolescentes "curtia" uma música nos "phones". Um deles virou-se para os outros e perguntou (diria mais, berrou...):
- "epá, people, já ouviram falar de "Deep Purple" ?

Os outros olharam para ele com um ar incrédulo:
- "Quê? nep, nunca!"
- " Ahhhh, ok", disse o primeiro, tranquilamente

E continuaram a "curtir" os seus MP3, enquanto eu contava pelos dedos a minha idade!

O Facebook do Carvalhal

O Problema do Sporting não é Carvalhal, como também não é a solução.
Seja qual fôr, espero que o Sporting procure ser a escola de formação que nos habituou, tente praticar bom futebol e jogue "limpo". Se o fizer, por mim está bem. Se ganhar, melhor.



quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Errar o alvo?

Minha resposta a Post de Blog Menos Um Carro em:
 
 
Blog Menos um Carro:
Não me importo de repetir alguns argumentos que já usei anteriormente em listas de discussão, dado que continua e continuará a haver material  para mostrar más ciclovias (e más estradas, etc).
O que interessa saber é como "desatar este nó" e como é que casos de sucesso o resolveram em situações semelhantes, alguns criando algumas ciclovias nesse processo (com sucesso para o fim em vista = mais utilizadores quotidianos. Ex: Sevilha)
Não é demais dizer que há 3 anos atrás a bicicleta não tinha nenhum direito de cidadania em Lisboa e nenhum budget do orçamento municipal.
Hoje a bicicleta é quase incontornável.
O uso da bicicleta era (e é) residual em Lisboa. Em Madrid são 0,04% de todas as viagens. Em Lisboa serão menos ainda. E por mais que tenha aumentado, continua a ser resídual (e temo que possa continuar a ser, dado que o nº utilizadores aumenta visivelmente ao fim de semana...)
Até ao sucesso, um longo e complexo processo terá que ocorrer e que vai acabar com as bicicletas em quase todas as ruas e avenidas, espero que em miscigenação total, excepto naquelas em que o volume e a velocidade do tráfego o impedir.
Neste processo é preciso, a par de educação, estacionamentos, normativas e incentivos, criar algumas estruturas que façam quebrar os tabus instalados na generalidade da sociedade, que Lisboa não seria ciclável e que a bicicleta não é um meio de transporte de uso quotidiano.
Esta estratégia, a par da acalmia nos bairros e consequente partilha de espaço, passa pela criação de uma rede fundamental de percursos que seja identificável pelos potenciais utilizadores como um novo "layer" da cidade. Este novo "layer" tenta usar as áreas mais planas da cidade e com mais equipamentos como ponto lógico de início de processo. Querendo atrair novos utilizadores, é natural que haja muitos que comecem por ser "curiosos", podendo para tal oferecer-se um "layer" verde, directo, confortável, útil. Esta sobreposição constitui ainda a possibilidade de estruturar alguns corredores verdes da Cidade onde o percurso ciclável não anda adjacente a um eixo viário, mas sim em estrutura verde, utilizando ainda pontes e viadutos pedonais/cicláveis para o tornar mais rápido e mais directo .
Na ligação desta 1ª rede fundamental, há alguns percursos que saem dos corredores verdes e que fazem algumas ligações preferencialmente por eixos lógicos, alguns também artérias viárias colectoras, o que conduz a casos de estrangulamentos no espaço viário e ao ajustamento no universo do espaço não-automóvel.
Esta situação não responde, nem pretende responder, a todo o processo de implementação da bicicleta, antes consiste naquilo que diria ser a "imposição" da bicicleta como actor de uma nova cidade.
Os curtos prazos e os custos associados a esta rede isso mesmo o demonstram.
Com os automobilistas pró-lobby, na pele de políticos, comentadores ou directores de jornais, a começarem a criticar a bicicleta e os ciclistas, há que saber interpretar os dados em jogo e avançar com o processo em curso, sendo o passo seguinte, após conclusão desta 1ª rede, a resolução da circulação no interior de bairros e sobretudo nas grandes avenidas.
Vejo por vezes uma enorme parte da energia ser destinada a criticar o muito pouco que se fez afinal de contas, em toda a estratégia da bicicleta, sem perceber que o decisivo neste processo de implementação está agora mesmo em cima da mesa e que o ponto actual é de executar com determinação o que falta.
Por mim, estou ciente do que é fazer-se coisas com muitas dificuldades, poucos meios e pouco tempo. Por isso pretendo ser muito exigente com outras condições que o actual contexto proporciona, não sendo admissível que esta oportunidade seja desperdiçada, seja porque motivos forem.
Cumprimentos
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Duarte d´Araújo Mata

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

As minhas propostas para a Assembleia Municipal de Lisboa de hoje

Vou levar esta Moção e esta Recomendação para a Assembleia Municipal de Lisboa de hoje:
 
 
MOÇÃO "POR UM PLANO DE ORDENAMENTO REGIONAL

QUE VALORIZE A CIDADE DE LISBOA"

 
 
Tendo em consideração o processo de revisão do Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa (PROTAML), que tem como objectivo delinear estratégias de planeamento integradas, supra-municipais, cuja definição deve constitur as linhas gerais de intervenção para o Planeamento à escala Municipal, conforme descrito pela legislação aplicável (Dec-Lei 380/99, com a redacção expressa no Dec-Lei 316/2007);

 

Entre várias das questões a abordar no modelo proposto pelo PROTAML, destacam-se os aspectos da sustentabilidade ambiental e energética, que estão hoje na linha da frente de muitas preocupações, pelas muitas implicações com o geral das actividades económicas, com o funcionamento do quotidiano a todos os niveis e com a qualidade de vida urbana;

 

Neste âmbito, há que focar a necessidade de existência de uma Estrutura Ecológica como instrumento indissociável rumo à qualificação da vida urbana, contribuindo para a protecção ambiental através da amenização climática urbana e melhoria do desempenho energético, equilíbrio e regulação hídrica, melhoria da qualidade do ar, recreio e lazer, entre outras, cujas implicações para o Município de Lisboa nesta matéria são bem patentes pela aplicação da regulamentação em matéria de Instrumentos de Gestão Territorial (Decreto Regulamentar nº 11/2009);

 

Considerando que a ligação da Estrutura Verde de Lisboa aos Concelhos limítrofes, à semelhança do que já acontece na Rede Viária, Ferroviária, de Metropolitano e outras, não só é um aspecto natural da sua própria existência, mas também uma vantagem em termos da sua funcionalidade e importância, sendo que a actual versão do PROTAML não a considera em Lisboa com dimensão e estatuto Metropolitanos, apresentando-se antes numa versão muito reduzida, fragmentada e sem a devida integração;

 

Tendo presente que a Cidade de Lisboa aprovou por unanimidade na Assembleia Municipal e por ampla maioria na Câmara Municipal, a elaboração das medidas preventivas que permitam a salvaguarda de uma Estrutura Ecológica Municipal, no âmbito da revisão do Plano Director Municipal,

 

O Grupo Municipal do Partido Socialista vem propôr que a Assembleia Municipal reunida  na sua reunião ordinária de 09 de Fevereiro de 2010 delibere:

 

Aprovar um voto de exigência no diálogo entre o Município de Lisboa e a CCDR-LVT, que permita uma melhoria substancial da actual proposta de PROTAML em discussão, permitindo tornar a Cidade de Lisboa num espaço central, impulsionador do desenvolvimento sustentável de toda a Região Metropolitana, permitindo que o Plano Regional adopte medidas e orientações que visem um melhor desenvolvimento integrado de Lisboa, contribuindo para recuperar população, qualificar o seu tecido económico e o emprego, melhorar e aumentar os seus equipamentos e serviços, bem como responder eficazmente em toda a sua dimensão ambiental bem como nos desafios da mobilidade e da sustentabilidade energética


 

 

RECOMENDAÇÃO "GESTÃO SUSTENTÁVEL DO ARVOREDO"

 

Considerando os largos benefícios para a Cidade das árvores em meio urbano, permitindo funcionar como reguladores micro-climáticos, como filtros captadores de poeiras e poluentes através da folhagem, como mecanismos de aumento da infiltração das águas e fomentador da biodiversidade, mas também pelo valor simbólico, cultural – no fundo pela contribuição para a qualificação do ambiente urbano em geral;

 

Sabendo-se que crescendo em condições físicas diferentes do meio natural, muitas vezes em caldeiras inseridas em espaços pavimentados, as árvores estão sujeitas a restrições espaciais e que se reflectem numa menor qualidade do solo vivo, menor acesso a água nas raízes, mas também sujeitas a uma qualidade atmosférica condicionada;

 

Sendo conhecidas as necessidades de efectuar podas de conformação mais frequentes do que em meio natural, pela proximidade a fachadas de edifícios e outros obstáculos, sendo esta acção frequentemente a causa da diminuição da longevidade do exemplar, muitas vezes até devido ao aparecimento de doenças por via da entrada de poluentes ou microorganismos no interior da planta;

 

Considerando que por via de todos estes condicionamentos, as árvores tornam-se mais frágeis e passíveis de se quebrarem no todo ou em parte, caindo sobre pessoas e bens, com maior probabilidade em função de temporais, constituindo um perigo e fonte de despesa para o Município;

 

Sabendo ainda da destruição de infra-estruturas no sub-solo causadas pela expansão do raízame de determinadas espécies e consequentes prejuízos;

 

O Grupo Municipal do Partido Socialista vem propôr que a Assembleia Municipal reunida na sua reunião ordinária de 09 de Fevereiro de 2010 delibere:

 

  1. Recomendar à Câmara Municipal de Lisboa que proceda ao processo de inventariação do Estado do Arvoredo, incluindo a progressiva disponibilização dos resultados no sitio da Internet do Município, preferencialmente integrado na informação SIG do LX-Mapas, permitindo conhecer e monitorizar o desempenho dos exemplares arbóreos da Cidade;

 

  1. Sublinhar a importância de manter o arvoredo da Cidade bem conservado, fito-patologicamente são e sem representar ameaça para pessoas e bens nem constituir foco de degradação de pavimentos ou infra-estruturas;

 

  1. Recomendar à Câmara Municipal de Lisboa que informe, preferencialmente através da mesma plataforma da Internet acima referida, mas também através das Juntas de Freguesia, sobre as intervenções que venha a ser necessário executar sobre os exemplares arbóreos da Cidade, garantindo a disponibilização de informação em tempo real sobre as acções a desenvolver, os motivos e as características das novas espécies a plantar;

 

  1. Aprovar um voto para a prossecução dos objectivos de aumentar gradualmente o número de exemplares arbóreos na Cidade de Lisboa.

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Duarte d´Araújo Mata

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Espaços Verdes Sustentáveis - Conferência dia 11/02, 17:30h, CIUL (Picoas Plaza), Lisboa

Na próxima 5feira dia 11/02, pelas 17:30h, vou fazer uma apresentação dedicada ao tema "Espaços Verdes Sustentáveis". Inscrições abertas. O local é no CIUL (Picoas Plaza). Até lá.

http://lisboaenova.org/index.php?option=com_content&task=view&id=1248&Itemid=121

+ 525 milhões para a Madeira

Um justo prémio pela boa gestão dos dinheiros públicos!
 
Um amplo concenso parlamentar, tudo vai bem, ainda só tinha havido 2 perdões de dívida, que agora ainda só era 1200 milhões, realmente não vejo qual o problema disto...

http://jornal.publico.clix.pt/noticia/08-02-2010/madeira-ganha-mais-525-milhoes-de-euros-acores-nao-perdem-com-a-nova-lei-18753911.htm




domingo, 7 de fevereiro de 2010

Nas Núvens

http://arrastao.org/cinema/nas-nuvens/

Não esperava que fosse tão bom, tão actual.
Não procurando resolver problemas, mostra-os de forma aparentemente simples, mas brutal.
Vale muito a pena vêr!

Sócrates e Carvalhal

Ontem levei o meu filho mais velho, de 4 anos, ao futebol pela 1ª vez.
Apesar da derrota clamorosa por 5-2 dias antes, havia um sentimento de curiosidade a alguma confiança na equipa e na forma como se ia responder à situação de crise. Achei que era o jogo ideal para levar uma criança. Com bilhetes para uma bancada mais central, foi possível ver claramente as semelhanças entre o momento do Sporting e do País. Pouco dinamismo, pouca vontade, demasiada conformação. Sem rasgos, sem ideias.
Tal como o País, por estes dias, oportunidades poucas e as poucas desperdiçadas. Má defesa, a abrir brechas no pouco que seria possível ser visto como garantido.
Carvalhal e Sócrates não têm futuro, todos o sabem.
No Sporting a meta é o fim deste época penosa. Talvez não valha a pena substitui-lo antes, para quê?
No País, a situação é semelhante: não há treinadores para substituir Sócrates até ao fim desta época, também ela penosa.

No fim, o miúdo comeu um cachorro quente com ketchup. Valha-nos esses momentos de felicidade!

Pontapé de saída!

Finalmente crio um blogue para pensar alto!
 
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