domingo, 28 de julho de 2013

A rápida evolução de um projecto de espaço verde


    2010
    2013
Quando em 2010 postei sobre o Parque Hortícola da Rebelva (Cascais), apenas na minha cabeça de projectista, e de quem igualmente acompanhou o projecto e a obra, estavam as imagens que três anos volvidos pude constatar "in loco".
Há uma evolução permanente neste espaço, mas as apostas que se fizeram para a qualificação de toda esta faixa para Norte da Quinta da Alagoa estão, a meu ver, conseguidas. 
O percurso, outrora pouco amistoso, está consolidado e serve hoje de atalho diário para ciclistas e peões, num ambiente cada vez mais colorido e frondoso. 
O Parque Hortícola resultou em pleno, está ocupado ao milimetro e tem potencialidade para crescer e ocupar algumas das áreas de enquadramento nas imediações. 
As pracetas funcionam bem em articulação com as habitações e os materiais estão intactos. 
As áreas de recreio activo em relva são apenas uma pequena parte de toda a área e estão concentradas sobretudo em duas únicas plataformas, com boa exposição solar e topografia adequada. 
Todos os espaços verdes são ocupados por revestimento arbustivo e sub-arbustivos de espécies autóctones ou adaptadas, de forma a que nesta altura uma falha de água ou mesmo de manutenção não as colocaria já em risco.
Ser arquitecto paisagista tem também estes momentos de satisfação: quando vemos evoluir no bom sentido os projectos que com tanto esforço desenvolvemos.


 
  
 
 
 
 


sexta-feira, 19 de julho de 2013

Um compromisso de salvação, quem sabe mais simples...

Nem me interessa quem coloca os paineis eleitorais. Os resultados estão bem à vista no solo.
Há uma Lei em Portugal que permite a colocação de paineis onde se queira, com a excepção de haver protecção patrimonial consagrada.
É pouco. Muito pouco. Um outdoor é uma barreira opaca, os seus postes exigem fundações e a sua colocação, tantas vezes descuidada, destroi locais, corta vistas e altera profundamente a qualidade dos espaços.
Estava na hora de conseguir um amplo consenso sobre o equilibrio entre o direito à publicidade e o direito dos cidadãos a usufruirem dos seus espaços. Julgo que este consenso é tangível e também urgente.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Entrevista ao "Jornal do Pedal"

Fui entrevistado pelo Tiago Carvalho para o "Jornal do Pedal" sobre alguns aspectos da estratégia para as bicicletas em Lisboa.
O Jornal está aí disponivel, mas há uma versão online AQUI

domingo, 14 de julho de 2013

Vale tudo, menos piqueniques

Já tinha visto muita coisa, mas um jardim de Bairro repleto de placas de tamanho "XL" a proibir piqueniques, isso nunca tinha visto.
Isto num jardim cada vez mais descaracterizado, também por placas, e onde é possivel fazer-se de tudo com as devidas autorizações. O jardim tem durante largos meses contentores que servem grelhados e até serviu para uma gigantesca exposição de carros usados, que na altura fiz a devida referência.
Talvez ainda ninguém tenha olhado verdadeiramente para a degradação que se está a tranaformar o Jardim central de Paço d´Arcos, mas valia a pena...

segunda-feira, 8 de julho de 2013

A revolução da sobriedade


A imagem é de Leonardo Di Caprio a andar naturalmente de bicicleta em Nova Iorque, mas começo por citar de cor Helena Roseta relembrando parte do seu discurso este sábado em Lisboa: "Austeridade pela austeridade, não! Mas o que aprendemos com os ecologistas é que é preciso nos tempos que correm sermos capazes de optar pela sobriedade. O mundo não aguenta este nível de consumismo".
Lembro-me de um excelente artigo de Henrique Pereira dos Santos há uns meses atrás, em plena "crise Jonet", quando clarificava a provável falta de habilidade da Presidente do Banco Alimentar para tentar transmitir este conceito.
O que aspiramos hoje de facto tem que ser a um outro Mundo, menos consumista (muito menos), onde possamos ter acesso a serviços colectivos básicos de qualidade, em detrimento de uma Sociedade que aspire a ter tudo em grandes quantidades, normalmente gerando enormes assimetrias na distribuição da riqueza e para mais gerando uma vida de pouca qualidade sob vários pontos de vista.
Sobriedade, frugalidade, qualidade, proximidade, fraternidade, tempo, são alguns dos aspectos pelos quais devemos, colectiva e individualmente lutar, nesta altura de enorme encruzilhada civilizacional em que nos encontramos.

 
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