domingo, 30 de junho de 2013

Cascais: Positivo e Negativo

POSITIVO:

Tenho tido algumas boas surpresas quando me desloco a Cascais nos últimos tempos: para além do Parque das Penhas do Marmeleiro e do renovado Parque Palmela, fiquei rendido ao centro de interpretação da Cresmina, no Guincho, e respectivo percurso interpretativo ao longo das dunas.


Se o local por si já era de cortar a respiração, com este percurso vemos a extraordinária recuperação que tem sido feita em toda aquela área dunar, pelo facto de não haver pisoteio. O edifício do centro de interpretação é bonito e simples e perspectiva boas visitas e a informação necessária.

NEGATIVO:

1) Os carros num dia de praia estacionam por todo o lado sem qualquer respeito pelo peão.
Todas as nesgas de terreno transformam-se de imediato num cómodo lugar de estacionamento para quem não quer saber quanto custou ao contribuinte os investimentos em espaço público. No percurso interpretativo da Cresmina, tanto a entrada superior, como a inferior, estavam cuidadosamente bloqueadas. A foto é esclarecedora. Se as entidades competentes quiserem, poderei enviar o original. Não as vi por lá a bloquear e a multar. É um problema generalizado no País.

2) O Sistema de Bicicletas de Uso Partilhado de Cascais está obsoleta. Não passa pela cabeça hoje que para recolher uma bicicleta seja preciso preencher papeis num posto e que depois não haja nenhum impedimento a que a bicicleta não seja devolvida de forma a ser re-utilizada por novos utilizadores. Um sistema de bicicletas de uso partilhado não é um aluguer de bicicletas gratuíto. A quantidade de bicicletas que irão passar o dia ao sol da praia enquanto inúmeros potenciais utilizadores, à mesma hora, ficaram sem transporte e optaram pelo carro é a prova que é preciso renovar este sistema que já teve o seu tempo. Para mais, para reservar uma bicicleta por tempo indeterminado existem os alugueres de bicicleta, privados, negócio que desta forma é altamente afectado por uma iniciativa pública, sem justificação.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

8 verdades inconvenientes

Porque este é o meu blogue pessoal, onde escrevo sozinho e por mim só, sinto-me na necessidade de escrever este post, embora a propósito de algo onde estou envolvido profissionalmente, para além de emocionalmente.
O processo das hortas urbanas é demasiado virtuoso para ser alvo de tamanha campanha difamatória a propósito das Hortas da Cerca da Graça. Sou por isso contactado por amigos que me perguntam como é que não se falou com os hortelãos, como é que foi possivel destruir uma horta para construir outra.
Deixo aqui 8 pontos que esclarecem alguns dos receios daqueles que, lendo tanta informação nas redes sociais, começam a ter dúvidas sobre o que pensar: 

1 - A área alvo de limpeza durante o dia de ontem vão ser hortas urbanas públicas e todos os hortelãos que costumavam utilizar aquele terreno foram convidados a nelas participar;
2 - A empreeitada em curso insere-se na criação da maior zona verde do centro histórico de Lisboa, projecto que foi aprovado em reunião de Câmara e como tal esteve em consulta pública, e que garante em definitivo a perpetuação das hortas urbanas naquele espaço, integradas num miradouro de uso  público e que integra uma rede de água e abrigos comunitários para arrumos, tudo reivindicações de todos;
3 - O processo envolveu pelo menos 2 reuniões com todos os ocupantes, e o grupo que se queixa de não ter sido ouvido, veio a 2 reuniões, onde estavam todos os hortelãos que são, por isso mesmo, disso testemunhas; 
4 - A argumentação que gerou discórdia é simples: o grupo não aceita qualquer alteração daquele espaço que entendem ser deles. Daí em diante resolver faltar às reuniões convocadas pelo próprio Vereador Sá Fernandes. 
5 - A discussão do projecto envolve grandes talhões de hortas, com cerca de 90m2, em espaços terraceados de forma a contrariar o declive do terreno. É esta compartimentação do terreno que não cabe no conceito do grupo comunitário que entende ser direito seu a ocupação de terrenos municipais, vedá-los, enche-los de lixo e rejeitar toda a qualquer proposta de discussão. Sim, o espaço nos últimos tempos era uma lixeira e já não tinha culturas. Consulte-se as fotos e o abaixo-assinado de quase 500 pessoas circulava entre os moradores das redondezas. Dá-me ideia de que se prefere ouvir este grupo do que ouvir os moradores ou os outros hortelãos.
6 - À excepção deles, os outros hortelãos no local aderiram ao projecto, havendo uma pessoa que não quer continuar, por decisão própria;
7 - Com o diálogo extremado, notificaram-se todos os ocupantes para sairem do terreno. Essa notificação foi feita a este grupo que, a partir desse momento, preferiu agarrar-se a todas as questões legais como sejam considerar que a carta assinada não era "uma notificação como deve ser" ou que as reuniões que tiveram foi com pessoas que "não conheciam o processo". Este grupo, não sendo legalmente constituído e não tendo morada registada, foi também notificado por e-mail. 
8 - Ontem a empreeitada implicou a primeira tarefa: limpeza do terreno. Apesar disso o Vereador Sá Fernandes insiste em poder falar com o grupo e tentar uma solução de compromisso no novo espaço. 

Toda esta questão levanta algumas perplexidades:

a) Pode um grupo defender a vida comunitária e a liberdade e ao mesmo tempo recusar todas as regras da vida em comunidade, quando estas não lhes convêm?
b) Faz sentido que se defenda a ausência de regulamentação para os espaços, mas em seguida alegar que as notificações e outros passos processuais associados à limpeza do terreno não cumpram supostamente as regras legais?
c) Pode uma autarquia promover a qualificação de um espaço muito degradado, ainda para mais somando à legitimidade democrática, a vontade dos moradores e a concordância da Junta de Freguesia?

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Hi-Tech Português na área das pastagens biodiversas de sequeiro

Vale a pena conhecer esta tecnologia campeã na fixação de CO2 no solo, aliada a uma espantosa Biodiversidade. O projecto está em votação AQUI

terça-feira, 11 de junho de 2013

Mais Hortas Urbanas em concurso

Tem sido uma aposta destes últimos anos. Depois dos Parques Hortícolas da Quinta da Granja, Jardins de Campolide, Telheiras Nascente, e dos concursos já concluídos para os quase prontos Parques Hortícolas da Quinta da Paz e do Parque Bensaúde, avançam os concursos para mais dois, sendo estes verdadeiros "pesos-pesados" dentro da Rede proposta: O Parque do Vale de Chelas e o Parque dos Olivais.

O site da CML sintetiza os concursos da seguinte forma:

"Assim, de 11 a 28 de Junho decorrerá o prazo para apresentação de candidaturas ao concurso para o Parque Hortícola dos Olivais e para o Parque Hortícola do Vale de Chelas:

Parque Hortícola dos Olivais:

Candidatura para atribuição de 31 talhões de cultivo, entre os 80 e os 140 m2, para a prática de agricultura urbana, através do modo de produção biológico.

Parque Hortícola do Vale de Chelas:
Candidatura para atribuição de 80 a 100 talhões de cultivo, com 150 m2."

Também publicado AQUI
 
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