sexta-feira, 26 de outubro de 2012

sinalética humana

A última vez que estive em Copenhaga reparei neste "trabalho": Segurar placas na rua pedonal principal, publicitando estabelecimentos em ruas adjacentes.
Colocar sinalética na rua será complexo, proventura proíbido, e esta solução, neste caso "humana", acaba por ter as placas nas horas de maior tráfego pedonal.

Solução brilhante esta? 
Trabalhar numa mina deve ser pior, mas custa-me sequer imaginar-me a segurar placas na via pública...




sábado, 13 de outubro de 2012

Quando alterações antrópicas potenciam fenómenos extremos

A EEA (Agência Ambiental Europeia) publica esta gráfico (fonte) e constata que temos um cada vez maior número de ocorrências de desastre.

Nas entrelinhas vê-se que o problema das alterações climáticas vem referido como uma causa.

De facto, o gráfico é claro: eventos geofísicos não sofrem alterações (tremores de terra, tsunamis, vulcões). 
Para além dos fenómmenos das tempestades, que de facto aumentam, o que sofre alterações são os 2 tipos de ocorrências que derivam da sua relação com as intervenções humanas (digo eu: Cheias e fenómenos de erosão extremos, por um lado, e por outro seca e picos de temperatura.

Como se viu em fenómenos recentes, por exemplo na Madeira, os efeitos do evento climatérico em si são altamente aumentados pelos impactos locais. 
Ao nivel da acção antrópica, quer à escala urbana, com as alterações do ciclo hidrológico ao nivel da escorrência e infiltração e construção em leitos de cheia, e das alterações ao nivel dos efeitos do fenómeno da "ilha de calor" e redução da humidade do ar, quer também ao nível rural, com alterações ao nivel da degradação dos solos, alteração dos cobertos e do mosaico agro-florestal, os efeitos são altamente potenciados pela acção humana. 

Desvalorizar a importância do ordenamento do território, enquadrando-o numa ideia ideológica de querer "impedir o desenvolvimento", e como solução permitir que as acções humanas configurem profundas alterações territoriais, para depois se concluir que os seus efeitos são fruto de alterações climáticas globais, tem sido cada vez mais rotina de análise.


sábado, 6 de outubro de 2012

2 reflexões na ressaca de um dia de cabeça para baixo

1) O PS propõe a redução do número de Deputados:
(notícia Aqui)

Tal como a redução de 5% nos vencimentos dos titulares de cargos políticos foi uma medida populista e inconsequente do PSD, assim esta medida o é. Mais do que reduzir despesa, esta proposta é a vingança às moções de censura que, mais do que tentar derrubar o Governo, quiseram afrontar o PS. 
Pelos blogues, artigos de jornais, posts do FB, percebe-se que é um medida bem vista pelos Portugueses que acham que o Parlamento e os Deputados são "todos iguais", "querem é techo" e outros disparates.

Não deixa de ser uma boa jogada política esta do PS. Porque ao PCP e ao BE será muito difícil de contrariar esta medida. Mais uma vez ficarão dependentes da vontade do...CDS/PP.

O cerne da questão na Assembleia da República é acima de tudo o problema da representatividade. 
É importante que uma reforma permita garantir três coisas:

Primeira: A maior representatividade possivel parlamentar, facilitando a eleição do 1º deputado e a criação de condições de trabalho e de afirmação para o maior número possivel de partidos. Será um favor que se faz para reduzir a exclusão e o perigo dos extremismos.

Segunda: Maior proximidade dos cidadãos com o deputado eleito, criando circulos nacionais e circulos uninominais. 

Terceira: Garantir que o lugar de Deputado é, por si só, um lugar de prestígio, dando condições de trabalho efectivas a uma boa representação e garantindo uma remuneração adequada a esse cargo. Pagar menos aos deputados é cada vez mais afastar os bons da política. 


2) Por um Candidato Ecologista nas Eleições Presidencias de 2015!
(in "causes": fonte AQUI)

Pelo que se tem visto deste Presidente da República, e a bem da sua valorização como órgão válido e operativo do nosso País, foi para mim imediato aderir a esta causa.
A Ecologia Política é, para muita gente, uma doutrina desconhecida. Mesmo dentro do mundo "ecologista" diverge-se quanto ao que é o seu papel. 
Será a defesa dos Passarinhos, da Natureza?
A ecologia política resolve problemas sociais ou só se preocupa com o "natural"?
É claro que a Ecologia Política é uma doutrina com um enorme potencial mobilizador e com respostas sociais e económicas para resolver os problemas do nosso País.
Nada melhor do que aproveitar as próximas eleições presidenciais de 2015 para catalizar um candidato ecologista que dinamize uma 3ª via. Catalizar o melhor da esquerda e o melhor da direita numa solução que promova novos valores de desenvolvimento, que não sejam só "mais facturação" mas sim a mais-valia dos investimentos, a sua sustentabilidade, o seu equilibrio ambiental, motivando a poupança e aboa gestão e gerando coesão social e territorial.
 
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