terça-feira, 12 de março de 2013

Falência do Mercado de Carbono

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O artigo do Ricardo Garcia no Público sobre a estrondosa quebra do CO2 nos mercados "bolsistas" e consequentes falências das empresas do sector devido "à crise" é bem revelador de que as crenças têm mesmo muita força.
Entre "Climategates" e outros "gates", começa a ser claro de que as Alterações Climáticas nada têm a ver com o dito "Aquecimento Global", e que este não tem necessariamente uma ligação directa com as emissões de CO2.
Estes dados não nos libertam de assumirmos as nossas responsabilidades em agir em nome da conservação e da preservação do Planeta, antes pelo contrário! Estes dados, o que revelam, é que não se pode abstrair a realidade a uma variável só (Carbono) e depois querer fazer dela moeda bolsista. 
Se o CO2 fosse, como foi sempre sugerido, a causa de todos os males, o mercado não caía, e muito menos com a crise. Em Economia, as verdades científicas e o consenso em matérias de milhões é importante, porque senão afecta a sua credibilidade. 
O que acontece é que a vontade de criar uma unidade transacionável foi mais forte do que o resolver o problema e colocar as Economias a trabalhar noutros pressupostos. Assim, quem queria poluir tinha duas formas: deslocalizava as fontes de emissão para os Países emergentes ou comprava emissões no mercado. Poluir, poluía na mesma, logo o problema de fundo não estava resolvido. 
Muitas vezes a não emissão de CO2 é benéfica, porque como significava a abstração de um fenómeno, a sua redução implicava e afectava proporcionalmente todo o processo. Assim, tantas vezes os mecanismos de poupança de CO2 e as atitudes "Carbon Free" são benéficos para o Ambiente, mas indirectamente. 

Tal qual a ideia expressa no filme "Elephant" de que a realidade é vista de muitas formas, parcialmente mas nunca de forma integral, também no que respeita ao Ambiente, o "Eco-Account" e as implicações e impactes territoriais devem sobrepor-se à simplificação a um composto químico. Sim, a realidade é muito complexa, não dá jeito nenhum compreendê-la.

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