quinta-feira, 13 de março de 2014

PRIMÁRIAS: Por cá já não se "Livram" da inovação

Colômbia: Imagem dos candidatos que a 9 de Março passado foram à última etapa das suas eleições primárias para a Presidência da República do partido "Alianza Verde". 
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Tem sido uma montanha-russa de impressões quanto ao "LIVRE" desde a sua formação, a qual assinei com muito gosto as listas para o tribunal constitucional.
No dia do seu anúncio achei que vinha aí o Partido Verde abrangente e mobilizador, que não existe em Portugal, e que tanto têm feito pelo desenvolvimento em vários Países da Europa que tiveram a sorte de os ter.

Depois inesperadamente o entusiasmo caiu a pique carril abaixo, quando 90% do discurso de apresentação e das semanas que se seguiram envolviam quase sempre a palavra "esquerda", "unir a esquerda" e "ser de esquerda".
Mas em vez de se colocarem ao centro para a partir daí unir a esquerda, foram-se colocar no meio da esquerda, sabendo que aí não se consegue unir nada e que a partir daí não se unirá o centro-esquerda, que é maioria da esquerda. E já nem falo que há uma ala da social democracia e até da democracia cristã cujos valores humanos, ambientais e sociais mereciam bem o esforço de lançar pontes e tentar compromissos. 

Depois entrou em cena o "3D" com um discurso na sombra do "LIVRE" e a tentar os mesmos objectivos do "LIVRE", com algumas acusações sobre a organização do "LIVRE" e alguns lamentos e personalizações à mistura que não deixaram enganar quem pensou que talvez em condições normais o "3D" não teria sido lançado. E como o discurso do "LIVRE" entretanto se perdeu demasiado no concurso "Quem quer ser muito de esquerda e ligar as esquerdas" e quase nada do resto que eu considerava essencial, fiquei com as minhas expectativas totalmente em baixa.

Mas eis que a montanha-russa arrancou aos solavancos carril acima com a recente apresentação das "Primárias" cujo processo é para já muitíssimo meritório e inovador, e que termina com a escolha da lista de candidatura às próximas Europeias. Faz de facto muita falta um processo assim, onde de forma totalmente transparente e mediante um processo claro e igualitário, será possível eleger os deputados pelas suas capacidades individuais, pelo que se propõem ser capazes de completar um determinado Programa e como pretendem fazer a ponte com os eleitores, entre outras características.

Assim, haja o que houver, este "LIVRE" marcou aqui um momento importante na democracia dos partidos que vale por si mesmo, independentemente da qualidade, exequibilidade ou eficácia das propostas constantes no Programa geral às Europeias. Será muito interessante acompanhar esta proposta. 
E aproveitando as recentes eleições na Colômbia, onde a "Alianza Verde" caminha para obter cerca de 2 milhões de votos para o Senado, tendo realizado em simultâneo as suas eleições primárias para a Presidência da República, é caso para repetir o slogan de Enrique Peñalosa o grande vencedor: "#Podemos!" 

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