quarta-feira, 28 de maio de 2014

Os ZOOs do Séc XIX

















Faz 130 anos. Se dúvidas houvesse, é do Séc XIX.
E faz sentido. Remete ao tempo em que os "Julios Vernes" descobriam o mundo científico e onde a sua divulgação correspondia a uma necessidade, compreensível, das populações das metrópoles da época.
Capturar um leão e trazer para Londres ou Nova Iorque fazia tanto sentido como hoje vermos excelentes fotos de leões em revistas de divulgação ou assistirmos no conforto dos nossos sofás a um programa da "National Geographic".
Em suma, não faz hoje sentido ir ver um leão enjaulado numa jaula quando temos tecnologia que nos permite vê-lo em liberdade e com muito maior qualidade para nós espectadores.
Hoje há tecnologias 3D e 4D, hoje há WebCams, hoje existe um gama de tecnologias digitais que deviam ser o futuro dos ZOOs. Verdadeiros espaços de divulgação científica. E para os ZOOs seria uma poupança de recursos considerável e creio que um aumento de receita.
Para mim, animais nos ZOOs seriam restringidos apenas a animais em perigo de extinção ou em programas de salvaguarda de fauna autóctone. As receitas deste novo espaço permitiriam inclusivé a sustentabilidade de diversos programas.
A ideia de que o ZOO é um espaço "amigo dos animais" porque lá podemos "ver animais" é a meu ver um conceito completamente desactualizado. Enquanto não mudarem, os ZOOs vão continuar sempre à procura de financiamento para se manterem, com as dificuldades que se conhecem, e vão adoptar para sobreviver cada vez mais a forma de um qualquer parque de diversões. Os ZOOs podem vir a ser um excelente espaço de divulgação científica, de protecção ambiental e sensibilização para a protecção animal. Hoje, peço desculpa, não o são.

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