segunda-feira, 8 de julho de 2013

A revolução da sobriedade


A imagem é de Leonardo Di Caprio a andar naturalmente de bicicleta em Nova Iorque, mas começo por citar de cor Helena Roseta relembrando parte do seu discurso este sábado em Lisboa: "Austeridade pela austeridade, não! Mas o que aprendemos com os ecologistas é que é preciso nos tempos que correm sermos capazes de optar pela sobriedade. O mundo não aguenta este nível de consumismo".
Lembro-me de um excelente artigo de Henrique Pereira dos Santos há uns meses atrás, em plena "crise Jonet", quando clarificava a provável falta de habilidade da Presidente do Banco Alimentar para tentar transmitir este conceito.
O que aspiramos hoje de facto tem que ser a um outro Mundo, menos consumista (muito menos), onde possamos ter acesso a serviços colectivos básicos de qualidade, em detrimento de uma Sociedade que aspire a ter tudo em grandes quantidades, normalmente gerando enormes assimetrias na distribuição da riqueza e para mais gerando uma vida de pouca qualidade sob vários pontos de vista.
Sobriedade, frugalidade, qualidade, proximidade, fraternidade, tempo, são alguns dos aspectos pelos quais devemos, colectiva e individualmente lutar, nesta altura de enorme encruzilhada civilizacional em que nos encontramos.

6 comentários:

  1. Sem dúvida! Mas como impor esse novo modo de vida a todos, quando a vontade dos nossos governantes começa por proteger aqueles que mais têm e mais consomem?

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  2. Qualquer que seja a escolha, não me parece que 1 ou outro modo de vida possam ser impostos. Se vivermos como gostávamos, em vez de estar apenas à espera que os outros façam o que é preciso, podemos ir fazendo as nossas pequenas conquistas e partilhá-las. Com os amigos, com os vizinhos. Concerteza haverá quem mais se apaixone por esta forma de estar e veja o ganho de qualidade que obtém com tal opção.

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  3. Todo esse discurso pró-frugalidade esbarra sempre na hipocrisia dos seus promotores. Senão vejamos:
    Estará o autor deste post disposto a abdicar do seu automóvel?
    Estará o autor deste post disposto a abdicar de aquecimento no inverno?
    Estará o autor deste post disposto a abdicar de comer carne e peixe todos os dias?
    Estará o autor deste post disposto a abdicar de usar o seu computador topo de gama?
    Estará o autor deste post disposto a abdicar de falar diariamente ao telemóvel?
    Estará o autor deste post disposto a abdicar da sua profissão por falta de investimento na sua área profissional?
    E por fim, estará o autor deste post disposto a viver igualitariamente com as mesmas condições socio-económicas da maioria da população que constitui uma sociedade deste tipo (Coreia-do-Norte, Cuba, ex-URSS)?

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  4. Caro anónimo, eu podia-lhe responder ponto por ponto, mas sendo perguntas com algum carácter pessoal, não me parece justo responder a alguém que se expressa como "anónimo".

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  5. creio existir aqui confusão entre sobriedade e show off, desire de media etc pois de facto uma coisa é viver com sobriedade outra é o LC numa bike.... má escolha ou perca de azimutes?mesmo considerando os fãs a quererem imitar a bike vão tambem querer imitar as maisons, o jet etc etc etc

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  6. As perguntas não têm qualquer carácter pessoal. Poderiam ser endereçadas a qualquer cidadão médio.

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