terça-feira, 3 de maio de 2011

Esta então toda a gente vê!

Esta nem o "Blog Menos um Carro", sempre atento aos detalhes, precisa de assinalar com um circulo! O poster é muito claro...
Este Shopping nasceu literalmente no meio de nada!
Enquanto era construído, o dinheiro dos contribuintes financiava uma complexa rede viária para se poder aqui chegar. Dizem que é o maior da Europa.

É a ideia de um mundo próprio que levita sobre um território qualquer, não interessa qual, onde se chega só de carro, muito dificilmente de transporte público e nunca a pé.
Não sei bem onde fica, nunca lá fui e não pretendo ir.
Este tipo de estruturas nestes locais é, a meu ver, uma das causas da ruína das Cidades e do comércio de rua (tradicional ou moderno), é a negação do urbanismo e um enorme gerador de tráfego.

Assisti a uma conferência do Prof. Augusto Mateus em Lisboa em que afirmou não ver futuro neste tipo de estruturas e acreditar na renovação e na retoma das cidades e da rua.

Estes anúncios em estações de comboio já me soam a desespero...

3 comentários:

  1. Caro Duarte,

    Parabéns por este seu blog e desculpe esta minha primeira intervenção, mas concordando com quase tudo o que aqui escreve acerca do Dolce Vita Tejo, da mobilidade e Urbanismo, devo discordar num ponto:
    Ele não é construido no meio do nada, é sim contruido no Concelho da Amadora, e a 10 m de Odivelas e de todas as outras grandes cidades satélites de Lisboa.
    Ora estas megas estruturas de consumo, necessitam de pessoas que as usem e varios estudos provaram que são as classes sociais de menor poder económico, Media Baixa e Média que mais consomem este tipo de empreendimentos, alimentam os postos de trabalho desde a sua construção ao pleno funcionamento comercial, e compram tudo o que necessitam nestes espaços,alem de que para muitos a unica vida cultural que dispõem são os cinemas, e as exposições e outras iniciativas de caracter cultural local como é exemplo a banda filarmónica juvenil do bairro dos moinhos (acho que é assim que se chama) projecto social suportado pelo Dolve Vita Tejo.
    Ora estes gigantes aglutinadores não são construidos no deserto,assim arrisca-se a ser confundido com o Ministro que achava que a Margem Sul era um deserto, são sim construidos perto das pessoas que neles vivem, numa simbiose desejada por ambas as partes. E claro que os promotores viram o plano de mobilidade da cidade de lisboa, viram o obvio que era o local exacto da convergencia da CRIL E IC16 e das facilidades de mobilidade que essa realidade oferece, viram também o baixo custo do terreno que quando foi comprado e no meio de uma zona de bairros sociais e outros ilegais não valia nem 1/10 do que ele vale hoje ou nunca se aproximaria do custo de m2 do centro da cidade.
    Espero que aceite esta minha contribuição para este tema que nos afecta a todos e um grande abraço

    João Gaspar

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  2. Caro João Gaspar,
    Obrigado pela réplica.
    Não é este centro comercial "culpado" de nada em especial, nem a Ponte Vasco da Gama o é pelas gigantescas frentes de construção que abriu, nem o Taguspark por ser um mega-gerador de tráfego, nem tantos outros investimentos que preferem a expansão, a enorme dimensão, a dependência de acessos rodoviários (e independência de transportes públicos).
    Ando é já farto dos discursos ambientais proferidos em tantos congressos, com detalhes de "fim de linha", pormenores onde se investe imenso tempo e recursos, quando a decisão, a montante, de localizar e construir um equipamento destes é totalmente decisiva para o desempenho energético e ambiental de tanta e tanta gente que, assim, fica refém de um carro para se movimentar...perante este cenário, vamos então discutir o tele-trabalho, a eco-condução, os GPS que tornam o tráfego mais fluído, o carro eléctrico ou outras questões "ambientais"?...
    Cumprimentos
    Duarte Mata

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  3. Inspirei-em aqui e escrevi no lugar do costume.

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