sábado, 7 de setembro de 2013

Quando a arquitectura é um perigo à solta (II)

A quantificação dos erros de arquitectura é frequentemente incerta e de dificil quantificação.
Um mau projecto pode conduzir, por exemplo, a duradoiros gastos energéticos, pode destruir o enquadramento paisagistico de uma determinada área, pode alterar o albedo de uma rua e contribuir para o efeito da ilha de calor, entre vários factores cujos prejuízos são, normalmente, dificilmente imputáveis aos seus autores. 
Nos últimos tempos tem havido alguns casos em que os erros são, aparentemente, mais facilmente quantificáveis, designadamente os recentes casos do acórdão do tribunal Italiano para a ponte de Calatrava e os impactes terriveis do edifício de Rafael Viñoly em Londres, onde se estrelam ovos na rua tal a temperatura gerada pela reflexão luminosa das suas fachadas.
Eu gostaria que estes exemplos aberrantes servissem, para além dos custos que a justiça entenda que é justo cobrar, como exemplos de como a arquitectura está numa fase perigosa da sua história, onde o arquitecto perdeu muitas vezes as bases da concepção arquitectónica e onde se permite desenhar o que se entende, sem nenhuma relação com o sítio, sem nenhuma preocupação ambiental, sem nenhum critério para além o da própria formalização que o próprio arquitecto entende, livremente, para a sua obra.
É tempo de pensarmos a sério sobre isto, em nome do bem comum.
Foto AQUI

Sem comentários:

Enviar um comentário

Os comentários estão sujeitos a moderação. Serão publicados assim que possível. Obrigado

 
Site Meter