quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Crónica de uma desgraça ambiental e económica anunciada

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Sobre o Alqueva:
 
"o modelo só é sustentável se houver uma gestão integrada das valências agrícola, energética e turística"
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"O problema é que "estamos a falar de agricultores habituados à agricultura de sequeiro", refere Pedro Silva, coordenador do estudo da KPMG."
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"Sejamos claros", observa o ministro da Agricultura, António Serrano, chamando a atenção para um facto incontornável: "Sem apoios do Estado, não há regadio que seja viável", garante, chamando a atenção para o investimento "brutal", superior a dois mil milhões de euros, que, numa perspectiva económica e financeira, não serão recuperados "nem daqui a 40 ou 50 anos."
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"Para mitigar os resultados financeiros negativos resultantes do baixo consumo de água, causa directa do tipo de culturas que Alqueva suporta actualmente, "evidencia-se a necessidade" de potenciar a gestão integrada da valia agrícola, energética e turística."
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Ao mesmo tempo, o estudo defende que seja a "EDIA a fazer a gestão global do perímetro de rega", competindo aos agricultores pugnar para aderirem a culturas que consumam "muita água", propõe Pedro Silva.
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Resumindo: O Alqueva é insustentável, não tem retorno económico para o fim que foi criado, é um desastre ambiental promotor de alterações climáticas e gerador de pedras de Biodiversidade, gerando poluição aquífera. Sendo o Alentejo um território apto a culturas de sequeiro, sendo a água um auxiliar à produção e não a fonte principal, sugere-se que a vertente turistica seja incorporada no processo, como aliás já vem acontecendo através de aldeamentos e campos de golfe.
Muito bizarro é este estudo referir, em nome dos gastos de água, que caberá aos agricultores optarem por culturas mais gastadoras de água!




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