Há quem pense que para fazer desenho urbano de acalmia de tráfego é preciso primeiro entortar eixos de via, tornar tudo assimétrico e irregular, por vezes descaracterizando completamente o arruamento com curvas e contracurvas, obstáculos e sinais.
Por vezes, basta adoptar alguns conceitos bem simples para tudo ser coerente e eficaz. Vejamos um excelente exemplo, no Porto:
Faixa de rodagem estreita, passeios largos e desimpedidos e árvores fora do espaço pedonal, entre os lugares de estacionamento, chegadas o mais possivel ao eixo de via, permitindo crescer sem impedimentos e acentuar a acalmia de velocidade de quem circula.
Manter o passeio à cota, obrigando o veículo a subir à cota do passeio e descer do outro lado. Não há dúvidas de quem foi considerado prioritário neste cruzamento. Isto adequa-se em ruas locais em que se pretenda velocidades muito baixas e onde assim se permite, sem cortar a rua, o acesso a moradores e comerciantes.
Atente-se nesta sequência. O Jipe aproxima-se e vai virar à esquerda. Ao contrário do habitual, aqui terá que perceber se está em condições de virar, pois terá que ultrapassar espaço pedonal. É o fim da "passadeira" onde se morre enganado a pensar que se está seguro. E tudo funciona.
Se o Jipe não pudesse virar, aguardava na via até o poder fazer em segurança. Sabe bem que atropelar um peão num passeio seria trágico.
E novamente o passeio para os peões.
Eficaz e simples!
Elementar meu caro Watson!
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
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excelente exemplo!
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