segunda-feira, 29 de março de 2010

O asfaltador de passeios

 
Apesar de comungar da maioria das ideias de Manuel João Ramos (MJR) para o espaço público, na medida em que ele defende o peão e não o automóvel, não consigo deixar de reparar que está aqui uma pessoa quase imune à crítica.
Alguém que diz o que lhe vai na alma e quase nunca é criticado por isso!
Tem imunidade?
 
Depois da rápida passagem como vereador da CML e de algumas / muitas propostas em sequência, todas mais ou menos semelhantes, sobre ruas com muitos carros e passeios muito estreitos que ele gostaria de vêr (e eu também) como ruas com menos carros e passeios mais largos, tendo como ex-libris aquela história das "almofadas de Berlim" (na verdade nesse dia não descansei enquanto não comi uma bola de berlim, com creme!).
Depois foi-se embora e foi uma pena.
 
Há semanas MJR elegeu as ciclovias em Lisboa como uma das coisas mais negativas que estavam a ser feitas...
Agora resolveu preconizar a substituição das calçadas...por asfalto!:
 
 
O problema das calçadas, usadas de forma indiscriminada, é contraproducente.
Mas a sua substituição deve ser pensada com cautelas redobradas e nem é preciso explicar porquê!
 
MJR sugere asfalto nos passeios, porque desconhece como nasceu a calçada à portuguesa: é que o equilibrio entre a pedra branca e preta foi a forma intuitiva de adaptar um pavimento à luz e à temperatuda do nosso País, e de Lisboa em particular.
 
O asfalto sim, seria a catástrofe nos nossos Verões, resolvido o problema da superfície, estava criado um enorme problema térmico com consequências nefastas a vários níveis.
Não se resolvem problemas criando outros ainda maiores.

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